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Manutenção estratégica ajuda indústrias a prever falhas e aumentar a eficiência

Método RCM reduz falhas, aumenta segurança e prolonga a vida útil de máquinas, segundo especialista do Senai em Uberlândia

Sensores e monitoramento em tempo real são aliados da manutenção centrada na confiabilidade nas indústrias

Garantir que máquinas industriais funcionem com eficiência máxima, segurança e o menor número possível de falhas é um desafio constante para empresas de diversos setores. Nesse contexto, a manutenção centrada na confiabilidade, conhecida pela sigla RCM (Reliability-Centered Maintenance), vem se consolidando como uma das estratégias mais eficazes para a gestão inteligente de ativos.

De acordo com Marcos José de Moraes Filho, supervisor técnico do Senai Dr. Celso Charuri, em Uberlândia (MG), a RCM é uma metodologia estruturada que define as melhores estratégias de manutenção com base na análise de falhas potenciais, suas causas e consequências.

“Essa abordagem permite antecipar problemas, adotando ações específicas para preveni-los ou corrigi-los antes que causem interrupções na produção”, explica o especialista à Itatiaia.

Análise de criticidade é o ponto de partida

Um dos pilares da RCM é a análise de criticidade dos ativos, que determina quais máquinas merecem mais atenção com base no impacto que uma eventual falha pode causar.

“São considerados fatores como o custo da parada, riscos à segurança, ao meio ambiente e o histórico de desempenho do equipamento”, detalha Marcos José.

Com base nesses dados, os equipamentos mais críticos passam a receber monitoramento constante e planos de manutenção personalizados, o que otimiza os recursos e amplia a confiabilidade do parque industrial como um todo.

Menos paradas, mais produtividade

Segundo Marcos, a manutenção centrada na confiabilidade previne quebras inesperadas por meio de um conjunto de ações que incluem inspeções regulares, manutenções programadas e uso de tecnologias preditivas, como sensores e análise de dados em tempo real.

“Ao entender como e por que uma máquina pode falhar, é possível agir antes que o problema aconteça, evitando prejuízos e atrasos na produção”, afirma.

Embora a implementação do RCM demande um investimento inicial em capacitação, mapeamento de ativos e, em alguns casos, tecnologia, o retorno costuma ser compensador. “Há uma redução significativa nos custos operacionais e nas falhas, além do aumento da vida útil dos equipamentos”, ressalta.

Resultados concretos e sustentáveis

Estudos de caso em empresas que adotaram a metodologia comprovam os benefícios do RCM. De acordo com Marcos, os resultados mais comuns incluem a redução de até 50% nas paradas inesperadas, diminuição entre 15% e 30% nos custos totais de manutenção e aumento de 10% a 20% na disponibilidade dos ativos industriais.

Esses números refletem uma mudança de mentalidade na indústria, que cada vez mais busca soluções sustentáveis, seguras e baseadas em dados. Para Marcos, o RCM é um caminho sem volta para quem deseja se manter competitivo.

“É uma abordagem que alinha produtividade, segurança e economia, características fundamentais para o ambiente industrial moderno”, conclui.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.