O avanço da tecnologia tem revolucionado a forma como as indústrias realizam a manutenção de seus equipamentos. Entre as soluções mais eficazes nesse contexto está o monitoramento preditivo com sensores, aplicado principalmente a equipamentos rotativos, como motores, bombas e compressores, peças fundamentais para o funcionamento contínuo das linhas de produção.
De acordo com Leir Adriano da Silva, supervisor técnico do Senai Itaúna, sensores instalados nessas máquinas são capazes de detectar falhas com antecedência. Com isso, eles evitam paradas inesperadas e prejuízos significativos.
“Sensores de vibração conseguem identificar problemas como desequilíbrios, desalinhamentos e desgaste de rolamentos muito antes de ocorrer uma falha grave”, explica Leir, em entrevista à Itatiaia.
Além dos sensores de vibração, as indústrias utilizam sensores de temperatura, que identificam aquecimento anormal em motores e mancais; sensores de pressão e fluxo, que monitoram o funcionamento de sistemas hidráulicos e de lubrificação; e sensores acústicos (ultrassom), capazes de captar ruídos incomuns, os primeiros sinais de possíveis falhas.
Tecnologia que antecipa o problema antes que ele aconteça
O funcionamento do monitoramento preditivo é baseado na análise contínua de dados coletados por esses sensores. As informações são processadas por softwares especializados, que comparam os dados atuais com padrões de funcionamento considerados normais.
Quando há alguma variação suspeita, o sistema emite alertas automáticos para que a equipe de manutenção possa agir de forma antecipada. De acordo com Leir, os benefícios na prática são expressivos:
- Redução de paradas inesperadas
- Aumento da vida útil dos equipamentos
- Diminuição nos custos com manutenção e peças
- Mais segurança para os operadores
- Ganhos diretos na produtividade da empresa
“Além de evitar prejuízos, esse tipo de monitoramento garante que a manutenção seja feita de forma planejada, no momento certo, sem desperdícios”, afirma.
No entanto, a implantação da tecnologia também enfrenta desafios importantes. Leir destaca o investimento inicial como um dos principais obstáculos, além da necessidade de treinamento das equipes para interpretar os dados corretamente. A integração com sistemas já existentes e a confiabilidade das medições também exigem atenção.
Um exemplo prático citado por Leir mostra a eficiência real da estratégia. “Em diversos casos, eles [os sensores] identificaram rolamentos danificados semanas antes da quebra total. Com a troca planejada, evitou-se a parada de linhas de produção inteiras, economizando milhões de reais em perdas e reparos de emergência”, relembra.
O supervisor técnico destaca que o monitoramento preditivo é mais do que uma tecnologia: é uma estratégia inteligente de manutenção, que une prevenção, eficiência e segurança. Cada sensor instalado é, na prática, um investimento que protege o presente e o futuro das operações industriais.
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