Brasileiros já sacaram R$ 90 bilhões da poupança; saiba investimentos que rendem mais

Caderneta de poupança é a porta de entrada no mundo dos investimentos, mas títulos tão seguros quanto podem render mais

Poupança

Os saques da poupança em novembro de 2025 superaram o total depositado em R$ 2,857 bilhões, o quinto mês consecutivo em que a caderneta registrou mais retiradas, segundo informações do Banco Central divulgadas nessa sexta-feira (5). Ao todo, foram R$ 344,6 bilhões sacados no mês, contra R$ 342,75 bilhões depositados.

No acumulado do ano, os brasileiros já retiraram R$ 90,9 bilhões da poupança. Nos 11 meses até o momento, foram sacados R$ 3,93 trilhões, e depositados outros R$ 3,83 trilhões. Ainda em novembro, houve um saldo negativo de R$ 519,407 milhões no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), enquanto a poupança rural teve saques líquidos de R$ 2,3 bilhões.

Os valores depositados na caderneta renderam cerca de R$ 5,6 bilhões, enquanto o saldo total da poupança é de R$ 1 trilhão. A quantidade de saques da caderneta de poupança pode ser explicada pela alta na inflação e o endividamento da população, o que favorece a retirada de recursos considerando a necessidade das famílias em ter dinheiro disponível com mais rapidez.

Atualmente, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) está estimado em 4,68%. Com os preços elevados, o Banco Central adota uma política monetária restritiva e mantém a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano, estimulando o investimento em ativos com rendimentos maiores do que a poupança, como Tesouro Direto, e Letras de Crédito do Agro e Imobiliários (LCA e LCI).

Em linhas gerais, a caderneta rende 0,5% mais uma taxa referencial ao mês, para o caso da Selic acima de 8,5% ao ano. Contudo, essa taxa está próximo de 0% não alterando o rendimento da poupança.

Veja investimentos alternativos a poupança

CDB, LCA e LCI

Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) podem ter rentabilidade pós-fixada (geralmente um percentual do CDI, que segue de perto a Selic), prefixada ou híbrida. As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) possuem estrutura similar, mas contam com a vantagem da isenção de Imposto de Renda para pessoas físicas.

Tesouro Selic (LFT)

Conhecido como Letra Financeira do Tesouro, na prática representa um empréstimo do investidor ao Governo Federal para financiar projetos. Trata-se de um investimento pós-fixado, emitido pelo Tesouro Nacional, com liquidez diária e cuja rentabilidade acompanha a variação da Selic. Apresenta baixo risco e alta Liquidez.

Tesouro Prefixado (LTN)

Letra do Tesouro Nacional (LTN) oferece uma taxa de juros fixa no momento da aplicação. Dessa maneira, o investidor sabe exatamente qual será seu retorno se mantiver o título até o vencimento. É uma boa opção para quem busca previsibilidade e tem objetivos financeiros de longo prazo, uma vez que possui menos volatilidade.

Tesouro IPCA+

Conhecido como Nota do Tesouro Nacional Série B, é um título que combina rentabilidade prefixada, com percentual definido na hora da compra, com uma parta pós-fixada, atrelada à variação do IPCA. É uma boa opção para proteger o capital da inflação no longo prazo.

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Jornalista formado pela UFMG, Bruno Nogueira é repórter de Política, Economia e Negócios na Itatiaia. Antes, teve passagem pelas editorias de Política e Cidades do Estado de Minas, com contribuições para o caderno de literatura.

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