Gestão de riscos: o investimento que evita prejuízos milionários

Estruturar políticas preventivas custa menos do que remediar autuações legais, aponta Érica Alcântara, especialista da Fiemg

Políticas estruturadas de gestão de riscos garantem segurança operacional e sustentabilidade a longo prazo

Empresas que negligenciam a gestão de riscos podem pagar caro, e não apenas em valores financeiros. A afirmação é de Érica Alcântara, Gerente de Governança, Riscos, Compliance e Privacidade do Sistema Fiemg. Segundo ela, os custos decorrentes de uma autuação vão muito além das multas e penalidades diretas.

“Há perdas indiretas que podem ser ainda mais impactantes, como danos à reputação, afastamento de investidores e redução da competitividade”, afirma em entrevista à Itatiaia.

Os custos diretos incluem multas administrativas, indenizações judiciais, honorários advocatícios e até restrições contratuais com fornecedores e clientes. Já os indiretos, muitas vezes mais difíceis de mensurar, envolvem a perda de confiança do mercado, dificuldade de relacionamento com órgãos reguladores e até paralisia de operações, o que pode gerar um efeito cascata de prejuízos a médio e longo prazo.

Monitoramento contínuo evita surpresas desagradáveis

Para Érica, uma política sólida de gestão de riscos permite identificar falhas antes que elas comprometam a operação. “Quando bem estruturada, a gestão de riscos oferece mecanismos de monitoramento contínuo, como controles internos, planos de ação, políticas claras e processos de auditoria. Tudo isso fortalece a conformidade legal e a eficiência da organização”, explica.

Os benefícios se estendem por toda a empresa. Áreas como finanças e jurídico reduzem perdas e contingências; operações se tornam mais eficientes e seguras; e os setores comercial e de marketing conseguem manter a imagem institucional fortalecida, preservando a confiança dos consumidores.

Além disso, a alta liderança e os conselhos de administração ganham previsibilidade e segurança para tomar decisões estratégicas.

“É muito mais barato manter um programa de compliance ativo e contínuo do que enfrentar um processo trabalhista coletivo ou uma investigação regulatória. O mesmo vale para a Lei Geral de Proteção de Dados: adequar-se previamente é muito menos oneroso do que arcar com sanções da ANPD ou ações de titulares”, ressalta Érica.

Investimento com retorno garantido

O retorno sobre o investimento em gestão de riscos (ROI) vai além da economia direta. Ele se reflete na continuidade dos negócios, na atração de investidores e na melhoria das condições de crédito, além do fortalecimento da cultura organizacional. “Trata-se de um investimento que resulta em resiliência diante de crises e solidez da reputação corporativa”, conclui Érica Alcântara.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.

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