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Para entender a aplicação prática dessas inovações, a Itatiaia conversou com Jean Kelvin Menezes, supervisor técnico do Senai e engenheiro especialista em gestão de projetos e engenharia de segurança do trabalho.
Inteligência artificial na manutenção preditiva
Uma das aplicações mais diretas da inteligência artificial na indústria é a manutenção preditiva. Segundo Menezes, essa tecnologia é capaz de analisar dados de equipamentos industriais para antecipar falhas. “A Inteligência Artificial analisa os dados das máquinas e consegue prever quando uma peça vai falhar. Assim, a troca pode ser feita antes que o equipamento quebre”.
Ele exemplifica com uma situação prática em uma linha de produção. “Imagine uma linha de engarrafamento de bebidas: a IA pode identificar o desgaste de um rolamento e evitar uma parada inesperada que causaria prejuízos”.
Gêmeos digitais como laboratórios virtuais
Outra inovação importante são os gêmeos digitais. Trata-se de uma cópia virtual detalhada de uma máquina ou até de uma fábrica inteira. Com essa réplica, é possível realizar testes sem interferir na produção.
“Com ele, é possível simular situações sem precisar parar a produção real. Isso ajuda a prever falhas, testar melhorias ou até treinar funcionários em ambiente simulado”, explica o engenheiro. A tecnologia funciona como um laboratório virtual disponível a todo momento, o que resulta em economia de tempo e dinheiro.
O futuro da indústria: a combinação de tecnologias
De acordo com o especialista, a grande revolução para os próximos cinco anos será a união de diferentes tecnologias que já estão em aplicação. “Acredito que a combinação de Inteligência Artificial, internet das coisas (onde tudo está conectado) e gêmeos digitais será a grande revolução”.
Essa integração permitirá o desenvolvimento de fábricas mais inteligentes e autônomas, capazes de se adaptar às demandas, antecipar problemas e otimizar o uso de recursos. Para o setor industrial, o resultado direto será o aumento da produtividade, segurança e sustentabilidade.
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