Peças metálicas fundidas estão presentes em setores estratégicos como automobilístico, aeroespacial, construção civil e máquinas industriais. Garantir que essas peças atendam às normas e especificações técnicas não é apenas uma exigência legal, mas também uma questão de segurança e economia. O controle de qualidade em ligas metálicas fundidas tem papel fundamental nesse cenário, como explica Wendel de Carvalho Torres, pesquisador do Senai Itaúna.
“O controle visa garantir a conformidade da liga metálica perante as normas regulamentadoras e as exigências dos clientes”, afirma Wendel em conversa com a Itatiaia. Sem esse cuidado, a fundição pode gerar peças com falhas críticas que comprometem seu desempenho e durabilidade.
Defeitos invisíveis e tecnologias de detecção
Diversos tipos de defeitos podem surgir durante a fabricação de peças fundidas, e muitos deles são imperceptíveis a olho nu. Cavidades internas por acúmulo de gases ou contração da liga, trincas decorrentes de tensões internas, falhas no preenchimento do molde, inclusões de contaminantes e até empenamentos são problemas recorrentes quando o controle é falho.
Para garantir a integridade das ligas, a composição química é verificada com espectrômetros ópticos. “Esse equipamento vaporiza a amostra com uma faísca, excita os átomos e analisa a luz emitida para determinar a concentração de cada elemento químico”, detalha o pesquisador.
Já as propriedades mecânicas das ligas são aferidas por ensaios de tração e testes de dureza, enquanto microscópios ópticos permitem a análise da microestrutura do material. Para identificar defeitos internos, técnicas como radiografia e ultrassom são empregadas.
Na prática, o controle de qualidade reduz prejuízos ao detectar falhas ainda durante o processo de produção. Isso evita desperdícios e, principalmente, o risco de colocar em operação peças defeituosas, que poderiam causar acidentes e perdas financeiras significativas.
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