Mais de 50 pessoas foram detidas nesta quarta-feira (10) na região de
Durante a madrugada, centenas de jovens tentaram bloquear uma garagem de ônibus urbanos e vários pontos do anel viário de 35 quilômetros, que circunda Paris. Eles foram retirados pela polícia.
Às 7h30 (2h30 em Brasília), as autoridades anunciaram que quase 6.000 policiais e gendarmes estavam mobilizados na capital e que 51 pessoas foram detidas em Paris e nos subúrbios.
Orçamento e queda do premiê
O que deu início aos protestos foi o projeto de orçamento para 2026, que provocou a queda do primeiro-ministro François Bayrou na segunda-feira (8). Ele previa cortes de 44 bilhões de euros (51,6 bilhões de dólares, 279 bilhões de reais) e a eliminação de dois feriados.
Na terça-feira (9), o
Mobilização nacional
As autoridades anunciaram a presença de quase 80.000 agentes em todo o país para conter os protestos, que pretendem bloquear empresas, rodovias e universidades. O alcance da mobilização ainda é incerto.
No oeste da França, forças de segurança retiraram rapidamente manifestantes que bloqueavam uma garagem de bondes em Bordeaux. Também houve tentativas de bloqueio na rodovia A10, perto de Poitiers.
O ministro do Interior, Bruno Retailleau, afirmou nesta quarta-feira (10) que deu ordens aos policiais para “não tolerar violência, depredação, bloqueio e ocupação de infraestruturas essenciais”.
As autoridades temem que os protestos se transformem em um movimento semelhante ao dos “coletes amarelos” (2018-2019), que marcou o primeiro mandato de Macron.
Os sindicatos já convocaram uma greve nacional para 18 de setembro.
(Sob supervisão de Aline Campolina)