O governo do presidente
Segundo as medidas propostas, estrangeiros com visto de estudante não poderão permanecer no país por mais de quatro anos. Já jornalistas estrangeiros terão a estadia limitada a 240 dias, mas poderão solicitar prorrogações pelo mesmo período.
Atualmente, os vistos são emitidos pela duração do programa educacional ou da missão do jornalista, podendo ter até 10 anos de validade.
As mudanças foram publicadas no Registro Federal, o que abre um breve período de comentários da opinião pública antes de entrar em vigor.
O Departamento de Segurança Interna afirmou que uma quantidade não determinada de estrangeiros prolonga os estudos de maneira indefinida para permanecer nos Estados Unidos como “estudantes eternos”.
“Durante muito tempo, governos anteriores permitiram que estudantes estrangeiros e outros titulares de vistos permanecessem nos Estados Unidos praticamente de maneira indefinida, representando riscos de segurança, custando quantias incalculáveis de dólares aos contribuintes e prejudicando os americanos”, disse o departamento em comunicado.
O órgão, no entanto, não explicou de que forma os cidadãos e contribuintes americanos seriam afetados. Segundo dados do Departamento do Comércio, estudantes internacionais contribuíram com mais de US$ 50 bilhões (R$ 271 bilhões) para a economia dos EUA em 2023.
No mesmo período acadêmico (2023-24), mais de 1,1 milhão de estudantes estrangeiros foram recebidos pelo país, mais do que em qualquer outra nação, representando uma fonte de renda importante para universidades, já que eles geralmente pagam a matrícula completa.
A proposta gerou críticas de representantes do setor acadêmico. “Esta proposta envia uma mensagem às pessoas talentosas de todo o mundo de que suas contribuições não são valorizadas nos Estados Unidos”, destacou Miriam Feldblum, presidente de uma aliança sobre Ensino Superior e Migração.
Para um grupo que representa diretores de faculdades e universidades, a medida cria um “obstáculo burocrático desnecessário” que interfere na tomada de decisões acadêmicas e poderia desestimular estudantes que contribuiriam para pesquisa e criação de empregos.
*Com Agência AFP
*Sob supervisão de Lucas Borges