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Trump mantém pressão na cúpula da Otan, que ratificará sua demanda de gastos

Presidente americano criticou Espanha após país negar o investimento de 5% de seu PIB; “Nem mais, nem menos”, afirmou chefe do executivo espanhol

Donald Trum deverá ser o candidato republicano nas eleições de novembro

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) se prepara para oficializar o aumento de gastos com a Defesa, exigido pelo presidente americano, Donald Trump. O republicano criticou, nesta terça-feira (24), a negativa da Espanha de cumprir a meta de investir 5% de seu PIB.

Após anunciar um cessar-fogo entre Israel e Irã, Trump chegou a Haia para participar de um banquete oferecido pelo rei holandês, Willem-Alexander, aos 32 líderes da Aliança Atlântica.

Em declaração à imprensa, ele pressionou seus parceiros europeus sobre o artigo 5 do Tratado de Washington, que obriga toda a organização a defender um país-membro em caso de ataque.

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Críticas a Espanha

Trump criticou a Espanha, que não quer ir além de 2,1% do PIB, e argumentou que uma meta de 5% obrigaria a aumentar impostos e sacrificar seus gastos sociais.

O chefe do Executivo espanhol, Pedro Sánchez, cujos aliados de governo são contrários a um maior gasto com a Defesa, afirmou no domingo que o seu país gastará 2,1%. “Nem mais, nem menos”, declarou Sánchez.

No entanto, os Estados Unidos mantém a pressão e exige que os membros europeus e o Canadá aumentem o seu investimento no setor para 5% do PIB nacional daqui a dez anos. No ano passado, o país reportou 62% do total de gastos da Defesa da Otan.

“Estamos tendo um problema com a Espanha”, declarou Donald Trump. “A Espanha não está de acordo [com o aumento dos gastos para 5%], o que é muito injusto para o resto”, em menção à Aliança.

Segundo dados da Aliança, o gasto médio, em 2024, com a Defesa entre os membros europeus e o Canadá foi de 2%, enquanto Washington investiu 3,2%. O aumento para 5% até 2035 é quase o dobro para todos os países.

Donald Trump ameaçou ainda não dar assistência em caso de agressão aos “maus pagadores”, além de reduzir sua presença militar em um continente sacudido pela invasão russa da Ucrânia.

Flexibilização para Espanha

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, garantiu que a cúpula concederá à Espanha uma “flexibilidade” sobre seus gastos, segundo uma carta publicada por Sánchez na manhã desta terça-feira (24).

Rutte tem dito desde então à imprensa que não há cláusulas de exceção, mas fontes do governo espanhol insistem em que Madri vai ratificar a posição comum, desde que se respeite esta flexibilidade.

Com informações da AFP

Mestrando em Comunicação Social na UFMG, é graduado em Jornalismo pela mesma Universidade. Na Itatiaia, é repórter de Cidades, Brasil e Mundo