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Tortura e transmissão ao vivo: doze pessoas são presas após morte de três jovens

Mulheres estavam desaparecidas desde a última sexta-feira (19); corpos foram encontrados com sinais de tortura

Assassinato brutal de três jovens foi transmitido para mais de 40 pessoas em uma rede social

O número de presos envolvidos na morte de três mulheres em Florencio Varela, na província de Buenos Aires, na Argentina, subiu para 12 nesta quinta-feira (25). O caso chocou o país e a investigação apontou para uma punição mafiosa ligada ao tráfico de drogas. De acordo com a polícia local, as mortes foram transmitidas nas redes sociais e assistidas por, pelo menos, 45 pessoas.

Os corpos das jovens, indentificadas como Morena Verri, de 20 anos, Brenda Del Castillo, 20, e Lara Morena Gutiérrez, 15 anos, foram encontrados na última quarta-feira (24) com sinais de tortura. Elas estavam desaparecidas a cinco dias.

Conforme a perícia forense preliminar, as jovens foram mortas na mesma sexta-feira em que desapareceram. Durante a transmissão das torturas, o chefe do grupo teria dito: "É isso que acontece com quem me rouba droga”, relatou o ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Javier Alonso.

Ainda de acordo com o ministro, as vítimas foram submetidas a uma “sessão de assassinato e tortura (que) foi transmitida nas redes sociais e que aparentemente teria sido vista por 45 pessoas que fazem parte de uma conta no Instagram”.

As jovens haviam estabelecido vínculos com líderes da organização criminosa em Flores, um bairro da cidade de Buenos Aires que costumavam frequentar. O motivo exato do ataque ainda é investigado.

A transmissão no Instagram foi direcionada a um grupo fechado, descoberto pelas autoridades por meio da confissão de um dos detidos.

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Alonso explicou que as três jovens subiram voluntariamente em uma caminhonete na noite de sexta-feira no bairro La Tablada, cerca de 20 quilômetros ao sul de Buenos Aires. De acordo com o ministro, elas foram enganadas e achavam que iam a um evento.

“Elas estavam caindo em uma armadilha organizada por uma organização transnacional de tráfico de drogas que havia planejado uma estratégia para assassiná-las”, afirmou.

Tratou-se de um ato “de disciplinamento para as garotas, mas também para diferentes membros dessa organização” criminosa, segundo o funcionário.

O suposto chefe do grupo criminoso, apelidado de “Pequeño J” ou “Julito”, tem cerca de 23 anos e possui um mandado de prisão.

*Com informações de AFP

(Sob supervisão de Edu Oliveira)

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas