Protestos na cidade de Leh, capital da região de Ladakh, na Índia, deixaram ao menos quatro mortos até esta quinta-feira (25), informou a BBC. Forças de segurança impuseram um toque de recolher na cidade devido às manifestações.
Dezenas de pessoas ficaram feridas, e um escritório do partido governista indiano Bharatyia Janata Party (BJP) foi incendiado nos protestos. Os manifestantes exigiam a condição de estado para o território federal.
O líder dos protestos, Sonam Wangchuk, foi acusado pelo governo de fomentar a violência, algo que ele nega. Ele está em greve de fome pelos protestos.
Ladakh perdeu sua semi-autonomia em 2019, quando o BJP o separou de Jammu e da Caxemira indiana, impondo governo sobre ambos. A região tem cerca de 300 mil habitantes e faz fronteira om a China e o Paquistão.
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Leh, onde a violência implodiu, tem maioria budista, e a comunidade reivindica uma região reparada para sua população. Já o distrito de Kargil, cuja maioria é muçulmana, desejava ser anexado à Caxemira.
Porém, em 2019, as comunidades se reuniram para exigir a restauração da condição de estado de Ladakh, com maior autonomia, o que daria mais cotas de emprego e terras.
A região é alvo de protestos há meses, mas não está claro o que desencadeou a violência nesta quarta. Ao menos 30 policiais foram feridos nos protestos.
O vice-governador de Ladakh, Kavinder Gupta, afirmou que uma investigação sobre violência foi iniciada. Ele comparou o protesto de Leh aos ocorridos no Nepal. “Nos últimos dois dias, houve tentativas de incitar as pessoas, e o protesto realizado aqui foi comparado aos realizados em Bangladesh e no