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Putin se encontra com enviado especial dos EUA para negociações sobre cessar-fogo na Ucrânia

O encontro ocorreu na sala suntuosa da sede do governo russo; Putin recebeu o emissário com um sorriso e um aperto de mão

Nesta fotografia distribuída pela agência estatal russa Sputnik, o presidente russo Vladimir Putin cumprimenta o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff, antes de suas conversas em Moscou em 6 de agosto de 2025

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se encontrou nesta quarta-feira (6) com Steve Witkoff, enviado especial dos Estados Unidos ao país, informou o Kremlin.

O encontro ocorreu na sala suntuosa da sede do governo russo. Putin recebeu o emissário com um sorriso e um aperto de mão.

Quando chegou a Moscou, Witkoff foi recebido pelo representante especial do presidente, Kirill Dmitriev, de acordo com a agência estatal russa Tass.

Witkoff, que é braço direito de Trump em missões de paz, já havia se encontrado outras vezes com Putin a fim de negociar um acordo para o fim da guerra na Ucrânia, mas não obteve sucesso ainda.

As relações entre a Rússia e os EUA ficaram ainda mais tensas desde a semana passada, com o envio de submarinos nucleares de Trump em resposta às declarações de Dmitri Medvedev, vice-presidente de segurança da Rússia.

Trump também havia dado um prazo de 10 dias para a Rússia parar com os ataques na Ucrânia. Caso contrário, o país iria impor novas sanções.

Aproveitando a presença do enviado norte-americano na Rússia, o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, pediu o “reforço de todas as alavancas de que dispõem os Estados Unidos, a Europa e o G7" contra o país.

O Kremlin só “buscará acabar com a guerra quando sentir pressão suficiente”, disse.

O magnata republicano, que iniciou o segundo mandato em janeiro com a promessa de acabar com a guerra na Ucrânia em poucos dias, está cada vez mais frustrado com Putin.

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Compra de armas

Donald Trump disse que aguardaria o resultado da reunião para decidir sobre as sanções.

Apesar da pressão, a Rússia continua com os ataques. Na madrugada desta quarta, duas pessoas morreram e 10 ficaram feridas durante bombardeios russos na região de Zaporizhzhia.

O Exército russo lançou 6.297 drones contra a Ucrânia em julho, um recorde desde o início da invasão em 2022, segundo um levantamento da AFP com base em dados divulgados por Kiev.

Países como Suécia, Dinamarca e Noruega anunciaram a intenção de comprar armas americanas para ajudar a Ucrânia na guerra. Os governos doarão 500 milhões de dólares em ajuda militar, incluindo sistemas de defesa aérea, armas antitanque, munições e peças de reposição.

“A Ucrânia não luta apenas por sua própria segurança, mas também pela nossa”, destacou o ministro da Defesa da Suécia, Pal Jonson.

Condições para cessar-fogo

O presidente russo disse na última sexta-feira (1º) que deseja a paz, mas se recusa a reduzir as condições para um possível cessar-fogo.

O Kremlin deseja que a Ucrânia ceda quatro regiões parcialmente ocupadas (Donetsk, Lugansk, Zaporizhzhia e Kherson), além da Crimeia, anexada em 2014. Além disso, Putin deseja que o país renuncie ao fornecimento de armas ocidentais e ao projeto de adesão à Otan.

As condições são ‘inaceitáveis’ para Kiev.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.