Preços do ouro e da prata registraram queda pelo segundo dia consecutivo nesta quarta-feira (22), interrompendo a valorização expressiva dos metais desde o início do ano.
O ouro sempre foi considerado pelos investidores um “ativo de refúgio”, muito procurado especialmente por preservar em grande medida seu valor intrínseco.
O metal registrou alta de mais de 60% desde o início de 2025 e bateu recorde diversas vezes, com a perspectiva até mesmo de alcançar 5.000 dólares (26.900 reais na cotação atual) por onça (31,1 gramas).
A alta foi baseada em fatores como a desvalorização do dólar, as expectativas de cortes nas taxas de juros, a queda nos rendimentos dos títulos e as compras dos bancos centrais.
As preocupações sobre as perspectivas mundiais também reforçaram sua condição de investimento seguro.
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Contudo, as compras desabaram na terça-feira, quando a cotação do ouro chegou a cair até 6%, e prosseguiram em queda na Ásia, afetadas pela realização de lucros e pelas esperanças de uma distensão na guerra comercial entre China e Estados Unidos.
A cotação chegou a atingir 4.000 dólares por onça, após registrar na segunda-feira um recorde histórico de 4.381,51 dólares.
A prata também registrou queda.
“A gloriosa alta do ouro encontrou finalmente a gravidade. Após meses de convicção unilateral e entradas incessantes, o metal sofreu uma queda de 6%", afirmou Stephen Innes, da SPI Asset Management.
*Com AFP