Um relatório divulgado pelo Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, da sigla em inglês) apontou a causa da implosão do Submarino Titan, da OceanGate, que matou os
No dia 18 de junho de 2023, por volta das 10h47 do horário local, o submarino Titan, que faria uma expedição ao
As cinco vítimas eram:
- Richard Stockton Rush III (Stockton Rush), de 61 anos: Piloto, Diretor Executivo (CEO) e Secretário do Conselho de Administração da OceanGate.
Paul-Henri Nargeolet , de 67 anos: Oceanógrafo francês, especialista na história do Titanic.- Shahzada Dawood, de 48 anos: Empresário paquistanês, vice-presidente do conglomerado Engro.
- Suleman Dawood, de 19 anos: filho de Shahzada Dawood. Fã de ficção científica, ciência e viagens.
- Hamish Harding, de 58 anos: bilionário britânico, aviador e empresário fundador do Action Group, um grupo de investimentos.
Todos os ocupantes foram expostos a uma alta pressão da água, que causou a implosão e a morte instantânea de todos a bordo.
Depois da implosão, segundo a Guarda Costeira, a equipe de comunicação e rastreamento do Titan, que estava em um navio de apoio, ouviu um ‘bang’ vindo da superfície do oceano dois segundos depois, o que os investigadores correlacionaram com a implosão do Titan. Após esse momento, todas as comunicações e rastreamento do
Qual a causa da implosão?
De acordo com o NTSB, o processo de engenharia inadequado da OceanGate e a análise falha dos dados do sistema de monitoramento dos vasos de pressão da empresa foram as principais causa da implosão. O regulamento e as orientações para embarcações desse tipo contribuíram também para o acidente.
Segundo o relatório, o vaso de pressão do Titan sofreu danos após emergir durante o primeiro mergulho. Depois, ao afundar mais, o submarino sofreu danos adicionais que enfraqueceram ainda mais o vaso de pressão. Os danos adicionais até o horário do último mergulho resultaram em uma falha de flambagem local que levou à implosão do Titan.
“Constatamos que o processo de engenharia da OceanGate para o Titan era inadequado e resultou na construção de um vaso de pressão composto de fibra de carbono que continha múltiplas anomalias e não atendia aos requisitos necessários de resistência e durabilidade”, apontou o órgão.
Como o Titan não foi testado adequadamente, a empresa desconhecia a resistência e durabilidade reais do vaso de pressão.
Poderia ter sido evitado
Se a empresa tivesse seguido as orientações da Circular de Navegação e Inspeção de Embarcações para planos de resposta a emergências, o Titan teria sido localizado mais cedo e poderia ser resgatado antes da implosão, segundo o NTSB.
A regulamentação dos Estados Unidos para pequenas embarcações de passageiros também não são suficientemente adaptadas às atuais operações, segundo o relatório.
O órgão recomendou que a Guarda Costeira dos EUA “contrate um painel de especialistas para estudar as operações atuais de PVHO e divulgar as conclusões do estudo para a indústria” e que “implemente as regulamentações americanas para PVHOs, baseadas nas conclusões do estudo recomendado e em conformidade com os requisitos e diretrizes internacionais de PVHO”.
Relatório da Guarda Costeira
Um
Outras ações da
- Design e processos de teste inadequados;
- Falta de análise do ciclo de vida do casco;
- Excesso de confiança no Sistema de Monitoramento em Tempo Real (RTM, da sigla em inglês);
- Uso continuado do submersível após incidentes;
- Falhas de design e construção do casco;
- Ausência de investigações detalhadas pós-incidentes;
- Cultura de segurança tóxica e governança corporativa deficiente;
- Deturpação da segurança do Titan;
- Pressões financeiras;
- Marco regulatório fraco.