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Familiar de sobreviventes do Titanic detona bilionário que quer visitar o local de submarino

Principal crítica da familiar é de querer tornar uma das maiores tragédias do mundo algo turístico

Destroços do Titanic

Uma familiar de sobreviventes do Titanic detonou o bilionário Larry Connor, que pretende viajar aos destroços do naufrágio de submarino, um ano após a tragédia da OceanGate, que deixou cinco pessoas mortas após uma implosão.

A principal crítica da familiar é de querer tornar uma das maiores tragédias do mundo algo turístico. “Essas pessoas têm mais dinheiro do que bom senso. A ideia de fazer turismo em um naufrágio onde 1.496 pessoas morreram num desastre horrível é ofensiva. O que aconteceu naquele navio foi extremamente traumático e angustiante para minha bisavó e meu tio-avô", disse ela ao jornal britânico The Sun.

A mulher, identificada como Shelley Binder, relatou que conversou com outras pessoas ligadas ao Titanic e afirmou que elas concordam que o turismo no local é desrespeitoso.

“Tem tanta gente que vê o naufrágio como um túmulo e fica realmente ofendido com isso, com essa ideia de turismo comercial”, disse ela.

A bisavó de Shelley tinha 18 anos quando embarcou no navio no Reino Unido, junto com o filho, Phillip, de 10 meses. Ela e o marido, Sam Aks, acreditavam que o navio era inafundável, por isso, ela abriu mão de se mudar para os Estados Unidos com o esposo para viajar.

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Larry Connor e Patrick Lahey querem provar que a indústria de viagens submarinas está mais segura após a tragédia da OceanGate.

“Quero mostrar às pessoas em todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, ele pode ser maravilhoso, agradável e realmente mudar vidas se você fizer isso da maneira certa”, afirmou Larry ao jornal Wall Street Journal.

Os empresários planejam utilizar um submarino de 20 milhões de dólares (R$ 102 milhões, na cotação atual) chamado Triton 4000/2 Abyssal Explorer para realizar a viagem. A declaração ocorre um ano após cinco bilionários morrerem após um submarino implodir no fundo do mar em uma expedição ao Titanic.

Patrick foi um dos que acusaram OceanGate de ter padrões de segurança questionáveis.


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Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.