Nova diretriz do governo Trump pode barrar visto de pessoas com doenças crônicas

A nova orientação instrui funcionários de embaixadas e consulados a examinarem de forma completa os solicitantes de visto

A Casa Branca é a residência oficial do presidente dos Estados Unidos e também o seu principal local de trabalho

O governo dos Estados Unidos fez uma nova diretriz para a obtenção de visto que pode dificultar a entrada ou a permanência de estrangeiros no país, no caso daqueles que têm certas condições médicas, como diabetes ou obesidade, ou não possuam recursos econômicos e bens para se sustentar.

A nova orientação instrui funcionários de embaixadas e consulados a examinarem de forma completa os solicitantes de visto para demonstrar que eles não dependerão de benefícios públicos após a entrada nos EUA. A medida foi divulgada em um comunicado do Departamento de Estado, segundo a Associated Press.

A nova orientação se aplica para vistos de pessoas que querem ficar no país. Ou seja, vistos de turismo, por exemplo, não devem ser afetados, segundo a AP.

As condições que podem desqualificar um solicitante de visto são:

  • doenças crônicas;
  • obesidade;
  • pressão alta;
  • doenças cardiovasculares, metabólicas e neurológicas;
  • depressão;
  • ansiedade;
  • problemas de saúde mental que podem exigir “tratamento de centenas de milhares de dólares”.

Os solicitantes também terão que apresentar documentos bancários e financeiros, assim como comprovativos de bens, contas correntes, poupanças, corretoras, fundos fiduciários e contas de reforma.

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Os funcionários consulares também deverão levar em conta idade, saúde, estado civil, situação financeira, formação acadêmica, qualificações e qualquer uso anterior de assistência pública, independente do país, dos que estiverem solicitando vistos. A proficiência em inglês dos candidatos também será avaliada.

Atualmente, aqueles que querem entrar nos EUA passam por um exame médico para detectar doenças transmissíveis e são questionados sobre uso de drogas e álcool, problemas de saúde mental ou violência, além de vacinas.

As diretrizes afetam diretamente pessoas fora dos EUA que desejam renovar os vistos, mas especialistas apontam que elas também podem afetar familiares de pessoas que já moram no país e desejam visitá-las ou morar com elas.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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