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Nepal ataca redes sociais e ameaça bloquear Facebook, X e YouTube

Porta-voz do Ministério de Comunicação, Gajendra Kumar Thakur, anunciou a medida nesta quinta-feira (4); empresas que não se registrarem junto ao governo serão desativadas

26 plataformas foram notificadas pelo governo nepalês

O governo do Nepal anunciou nesta quinta-feira (4) que vai bloquear o funcionamento de cerca de vinte redes sociais famosas, como Facebook, X (antigo Twitter), LinkedIn e YouTube. A medida drástica foi tomada porque as empresas não se registraram junto à administração do país, descumprindo uma lei local.

Na semana passada, o governo nepalês deu um prazo de sete dias para que as gigantes da tecnologia cumprissem três exigências para operar legalmente no país. A decisão segue uma ordem da Suprema Corte, a mais alta instância da Justiça do Nepal, emitida em 2023.

Empresas deveriam:

  • Se registrar oficialmente nos serviços do governo;
  • Nomear um representante local no Nepal;
  • Indicar uma pessoa responsável por resolver problemas e disputas.

Segundo Rabindra Prasad Poudel, um dos responsáveis pelo ministério, muitas plataformas simplesmente ignoraram os avisos. “Se uma rede social quiser operar no Nepal, deverá obedecer às normas que regulam as atividades ilegais e os conteúdos proibidos”, afirmou ele.

O que acontece agora?

A ordem é para que as redes sociais que não se regularizaram sejam desativadas a partir da noite desta quinta-feira. No entanto, o porta-voz do governo, Gajendra Kumar Thakur, deixou uma porta aberta: “Serão restabelecidas assim que apresentarem a solicitação”, declarou à reportagem.

Isso significa que, para o trabalhador ou o pequeno empresário que usa essas redes para se comunicar ou divulgar seu negócio, o acesso pode ser cortado a qualquer momento. A boa notícia é que a situação pode ser resolvida rapidamente se as empresas decidirem seguir as regras do país.

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Quais redes sociais se salvaram?

Das 26 plataformas notificadas pelo governo, apenas cinco cumpriram as regras a tempo e não serão bloqueadas, entre elas estão TikTok e Viber. Outras duas estão correndo contra o tempo para se regularizar.

Até o início da tarde desta quinta-feira, uma jornalista da agência de notícias AFP no Nepal constatou que todas as redes sociais mencionadas ainda estavam funcionando normalmente.

*com informações da AFP

Amanda Alves é graduada, especialista e mestre em artes visuais pela UEMG e atua como consultora na área. Atualmente, cursa Jornalismo e escreve sobre Cultura e Indústria no portal da Itatiaia. Apaixonada por cultura pop, fotografia e cinema, Amanda é mãe do Joaquim.