Criminosos armados invadiram um internato feminino de ensino médio no noroeste da Nigéria e sequestraram 25 alunas nesta segunda-feira (17). O vice-diretor da escola foi
Conforme informou o porta-voz da polícia, Nafi’u Abubakar Kotarkoshi, os sequestradores adentraram os dormitórios da instituição de ensino localizada em Maga, no Estado de Kebbi, às 4 horas no horário local (0h no horário de Brasília), utilizando “armas sofisticadas” e “disparando esporadicamente”. Quando as forças policiais chegaram ao local, os suspeitos “já haviam pulado a cerca da escola e sequestrado
Além do vice-diretor, um segurança também ficou ferido durante o ataque, segundo um relatório elaborado para a Organização das Nações Unidas (ONU). Até o momento, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelos sequestros.
Uma equipe composta por policiais de Kebbi, militares e membros de milícias civis encontra-se na região para revisar “minuciosamente as rotas utilizadas pelos bandidos e a floresta adjacente”, com o intuito de “resgatar as alunas sequestradas e tentar deter os autores deste ato atroz”, de acordo com Kotarkoshi. Outros sequestros Este é o segundo sequestro em massa em uma escola de Kebbi nos últimos quatro anos.
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Em junho de 2021, criminosos levaram mais de 100 estudantes e funcionários de uma instituição de ensino pública. Anos antes, em abril de 2014, o sequestro de 276 meninas em Chibok, no conflituoso Estado de Borno, ganhou destaque global, gerando uma significativa mobilização internacional sob o lema “Bring Back Our Girls” (Tragam nossas meninas de volta, em português).
Parte das estudantes foi liberada em grupos ao longo de dois anos, após os pais pagarem o resgate. Algumas alunas foram forçadas a se casar e retornaram com bebês. No entanto, quase 100 meninas sequestradas continuam desaparecidas.
De modo geral, os sequestros com fins de resgate são recorrentes na Nigéria, que é o país mais populoso da África e enfrenta graves problemas de insegurança. Os Estados do centro e do noroeste do país são aterrorizados há anos por grupos criminosos que as autoridades denominam de “bandidos”.
A violência, que inicialmente estava ligada a conflitos sobre direitos de terras e água entre pastores e agricultores, evoluiu para confrontos relacionados ao crime organizado, com grupos que controlam comunidades rurais onde o governo tem pouca ou nenhuma presença.
O país também foi afetado pela violência armada desde o surgimento, em 2009, do grupo Boko Haram na bacia do lago Chade, no nordeste da Nigéria.
Com informações de Estadão Conteúdo