Governo de Maduro prepara resposta de guerrilha em caso de ataque de Trump

Tensão entre os dois países tem aumentado sobretudo devido às ações militares dos EUA na região

Nicolás Maduro, líder da Venezuela.

A Venezuela já se prepara para um possível ataque dos Estados Unidos, mobilizando armas (algumas de fabricação russa) e planejando a montagem de uma resistência no estilo de guerrilha. A informação foi concedida à Reuters por fontes ligadas ao procedimento.

Há poucos dias, jornais como o Miami Herald e o Wall Street Journal noticiaram que os Estados Unidos estavam prestes a atacar a Venezuela, em meio a várias operações militares no Caribe e na região. Pouco tempo depois, Trump negou o ataque.

Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, diz que o norte-americano está tentando destituí-lo do poder e que cidadãos e militares venezuelanos resistirão a qualquer tentativa nesse sentido.

As forças armadas da Venezuela estão debilitadas por falta de treinamento, baixos salários e equipamentos deteriorados, segundo fontes. O governo de Maduro chegou a pedir ajuda militar à China, Rússia e Irã.

A situação é tão complicada que alguns comandantes foram forçados a negociar com produtores locais de alimentos a darem comida às tropas, uma vez que os suprimentos do governo são escassos. Por causa disso, o governo teve que apostar em estratégias, incluindo a resposta no estilo de guerrilha.

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Essa primeira ação envolveria pequenas unidades militares em mais de 280 locais, realizando atos de sabotagem e táticas de guerrilha, segundo fontes e documentos obtidos pela agência de notícias.

Já a segunda ação, chamada de anarquização, usaria serviços de inteligência e apoiadores armados para criar desordem nas ruas e tornar a Venezuela ingovernável para estrangeiros.

Porém, não se sabe quando o governo iria implantar as táticas.

As estratégias levam em conta que os Estados Unidos têm um aparato militar muito maior que a Venezuela. “Não duraríamos nem duas horas em uma guerra convencional”, disse uma fonte ligada ao governo.

O governo venezuelano não se pronunciou sobre a ação.

Formada pela PUC Minas, é repórter da editoria de Mundo na Itatiaia. Antes, passou pelo portal R7, da Record.

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