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China se prepara para passagem do supertufão Ragasa, visto como ‘grave ameaça’ ao país

Autoridades em Hong Kong e sul da China suspendem serviços e recomendam evacuação; tempestade já provocou mortes nas Filipinas

China se prepara para passagem do supertufão Ragasa que já deixou mortos nas Filipinas

O sul da China se preparava nesta terça-feira (23), para a chegada do supertufão Ragasa, classificado pelas autoridades de Hong Kong como uma “grave ameaça”, comparável às tempestades mais intensas dos últimos anos.

Segundo o serviço meteorológico de Hong Kong, Ragasa avança em direção ao oeste com ventos máximos de 220 km/h no Mar do Sul da China. As autoridades emitiram o alerta T8, o terceiro nível mais alto para tufões, às 14h20 locais (3h20 de Brasília), e suspenderam os serviços de transporte. Estabelecimentos comerciais também permaneceram fechados.

“Esperamos uma deterioração rápida do clima ao longo do dia, com ventos que se intensificarão rapidamente”, afirmou o serviço meteorológico. A forte tempestade pode elevar o nível da água em até quatro metros na manhã de quarta-feira (24).

As autoridades pediram aos moradores que fiquem atentos a possíveis inundações e abriram 46 abrigos temporários, além de instalar barricadas e passarelas elevadas. Eric Chan, vice-administrador de Hong Kong, afirmou que Ragasa poderá atingir níveis semelhantes aos dos tufões Hato, em 2017, e Mangkhut, em 2018, que causaram prejuízos de centenas de milhões de dólares.

Supertufão Ragasa já provocou mortes

Ragasa já provocou pelo menos duas mortes e danos como queda de árvores e telhados ao atingir o norte das Filipinas, onde milhares de pessoas buscaram abrigo em escolas e centros de refúgio.

Supertufão considerado ‘catastrófico’ atinge Filipinas, e milhares são evacuados

Na cidade chinesa de Shenzhen, autoridades ordenaram que 400 mil pessoas deixassem suas casas. Serviços de transporte, aulas e expediente foram suspensos em Shenzhen e em outras dez grandes cidades do sul da China, que juntas concentram dezenas de milhões de habitantes.

Em Hong Kong, as aulas foram canceladas por dois dias. O aeroporto local continuará funcionando, mas deverá enfrentar “grandes perturbações”, com mais de 500 voos da Cathay Pacific cancelados.

Os habitantes da cidade correram para estocar suprimentos, esvaziando as prateleiras dos supermercados. Zoe Chan, de 50 anos, colocou sacos de areia diante de sua loja em Wanchai. “O mais importante é tomar as melhores precauções para que eu possa ficar mais tranquila”, disse Zoe à AFP, preocupada com possíveis danos ao seu comércio.

A Bolsa de Hong Kong ajustou regras para permanecer aberta durante tufões, mas informou que está monitorando a situação. Ragasa deve passar mais próximo de Hong Kong e da cidade vizinha de Macau na manhã de quarta-feira (24). A autoridade ferroviária da província de Guangdong anunciou a suspensão de todas as viagens de trens no mesmo dia.

Cientistas alertam que tempestades como Ragasa têm se tornado mais intensas devido ao aquecimento global causado pelas atividades humanas.

Com agências

(Sob supervisão de Aline Campolina)

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Izabella Gomes é estagiária na Itatiaia, atuando no setor de Jornalismo Digital, com foco na editoria de Cidades. Atualmente, é graduanda em Jornalismo pela PUC Minas