Centenas de palestinos fogem da
Vídeos publicados nas redes sociais mostram filas enormes de pessoas fugindo do local. Veja na íntegra abaixo.
“A ofensiva principal na Cidade de Gaza começou na noite passada”, declarou nesta terça-feira (16) um comandante militar israelense. “Sabemos que há milhares de terroristas do Hamas, entre 2.000 e 3.000", acrescentou.
Veja o vídeo:
Bombardeios e destruição em Gaza
Mais cedo, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou que o maior núcleo urbano do território palestino estava “em chamas” após ataques.
“Não cederemos e não recuaremos até que a missão seja cumprida”, disse.
Testemunhas relataram à AFP “um bombardeio intenso e implacável sobre a Cidade de Gaza”, já em ruínas após quase dois anos de guerra desde o ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023.
“Há muitas pessoas presas sob os escombros e podemos ouvir seus gritos”, disse Ahmed Ghazal, morador de 25 anos.
O porta-voz da Defesa Civil de Gaza, Mahmud Bassal, afirmou que ataques israelenses contra um complexo residencial próximo à praça Al Shawa deixaram “mortos, feridos e desaparecidos”. Ele contou 27 mortos no território, principalmente na Cidade de Gaza, mas alertou que o número continua aumentando.
O Exército israelense também atacou a cidade de Khan Yunis, no sul do território.
Pressão internacional e apoio dos Estados Unidos
“Acreditamos que temos uma janela de tempo muito curta para chegar a um acordo. Não temos mais meses, mas provavelmente dias”, disse Rubio.
O secretário de Estado afirmou que a solução diplomática que inclui a desmilitarização do Hamas é a preferida por Washington, mas "às vezes, quando se trata de um grupo de selvagens (...), isso não é possível”.
ONU acusa Israel de genocídio
Enquanto isso, potências europeias pedem a suspensão da campanha militar e alertam para a crise humanitária no território. A ONU afirmou no mês passado que um milhão de pessoas enfrentam fome, número rejeitado por Israel.
Nesta terça-feira, uma comissão internacional independente da ONU acusou Israel de cometer “genocídio” em Gaza com o objetivo de “destruir” os palestinos, responsabilizando Netanyahu e outros líderes. O governo israelense classificou o relatório como “tendencioso e falso”.
No ataque do Hamas de outubro de 2023, os militantes mataram 1.219 pessoas em Israel, a maioria civis. Das 251 pessoas sequestradas na ocasião, 47 permanecem em cativeiro em Gaza, 25 delas mortas, segundo o Exército israelense.
A campanha de retaliação israelense já deixou mais de 64.900 mortos em Gaza, também civis em sua maioria, de acordo com o Ministério da Saúde local, cujos números são considerados confiáveis pela ONU.