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Diário de Luigi Mangione revela planejamento e motivação de assassinato de CEO nos EUA

No caderno, Mangione desabafava sobre as frustrações que tinha com o setor de planos de saúde e falava sobre os planos de cometer um ataque

Luigi Mangione foi preso nos EUA

Luigi Mangione foi motivado pelo ódio contra o setor dos planos de saúde e pela “ganância corporativa em geral” a matar Brian Thompson, CEO da UnitedHealthCare, no ano passado. A informação consta em um relatório de inteligência do Departamento de Polícia de Nova York, obtido pela CNN.

O jovem de 27 anos, acusado de matar Thompson, fazia várias anotações sobre o crime em um diário, recuperado pela polícia no momento de sua prisão, em nove de dezembro do ano passado. Ele foi detido em um McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia, poucos dias após cometer o crime.

No caderno, Mangione desabafava sobre as frustrações que tinha com o setor de planos de saúde e falava sobre os planos de cometer um ataque. Em tribunal, ele se declarou inocente de todas as acusações.

As anotações, datadas de agosto de 2024, Mangione se dizia ‘confiante’ sobre o que faria. “O objetivo é o seguro. Ele atende a todos os requisitos”, escreveu.

Pouco antes de cometer o crime, Mangione, que era ativo nas redes sociais, parou de fazer publicações, recebendo mensagens preocupadas dos amigos.

“Um mês e meio. A conferência de investidores é uma verdadeira pechincha. Ela representa tudo o que há de errado com o nosso sistema de saúde e, o mais importante, a mensagem é clara. O problema com a maioria dos atos revolucionários é que a mensagem se perde entre as pessoas comuns”, publicou ele. Naquela época, ele garantiu que vidas inocentes não seriam afetadas pelo ataque.

Mangione era herdeiro de uma família rica de Baltimore e um estudante de graduação de uma escola Ivy League - conferência das universidades mais renomadas dos Estados Unidos.

Outros planos foram revelados nos documentos obtidos pela polícia. A promotoria argumenta que a ação de Mangione desencadeou uma onda de ameaças contra profissionais de planos de saúde e comprometeram a segurança deles.

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Assassinato de CEO e prisão: relembre

Mangione é o principal suspeito de ter matado Thompson a tiros em frente a um hotel de luxo em Nova York, onde acontecia uma conferência da empresa. O CEO era um ‘alvo do ataque descarado direcionado’. A polícia suspeita de que ele tenha cometido o crime devido a uma lesão na coluna ‘que mudou sua vida para sempre’.

O suspeito foi preso em um McDonald’s em Altoona, na Pensilvânia, portando uma arma parecida com a usada no crime e um silenciador. A arma foi produzida de forma caseira e não tem número de série, o que pode dificultar as investigações sobre como ele teve acesso a ela.

No momento em que foi abordado, Luigi demonstrou nervosismo e começou a tremer. Além da arma, ele portava documentos falsos que usou para se hospedar em um albergue antes de cometer o crime.

Quem é Luigi Mangione

O rapaz, de 26 anos, nasceu e foi criado em Maryland, e também passou por São Francisco, na Califórnia, segundo o chefe de detetives de Nova York, Joseph Kenny. O último endereço registrado de Mangione era Honolulu, no Havaí.

Luigi é ex-aluno da Ivy League, uma conferência de oito universidades estadunidenses, se dizia anticapitalista e fazia parte de um manifesto que listava queixas contra o setor de saúde. Se formou na Universidade da Pensilvânia em ciência da computação e fundou um clube de desenvolvimento de videogames.

Jornalista formada pela PUC Minas. Mineira, apaixonada por esportes, música e entretenimento. Antes da Itatiaia, passou pelo portal R7, da Record.