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Espanha pede que Airbnb remova mais de 65 mil anúncios de acomodações turísticas

Existem 368 mil acomodações turísticas na Espanha, segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística. Nos últimos meses o governo enviou três resoluções notificando o Airbnb

Os anúncios do Airbnb que devem ser removidos violam requisitos legais, segundo o governo espanhol

A Espanha ordenou ao Airbnb que remova mais de 65 mil anúncios de acomodações turísticas da plataforma. Segundo o Ministério do Consumo espanhol, os anúncios violam as regulamentações que regem a publicidade desse tipo de acomodação. O pedido foi comunicado nesta segunda-feira (19).

A decisão foi divulgada por meio da Direção-Geral de Consumo. Em comunicado, o órgão pediu para “a filial irlandesa desta multinacional a remover um total de 65.935 anúncios, considerando-os ilegais.”

A pasta acredita que os anúncios violam requisitos legais, como não incluir o número de licença de moradia ou não especificar o status legal dos proprietários. Existem ao menos 368 mil acomodações turísticas na Espanha, segundo o Instituto Nacional de Estatística. A regulamentação do setor vem sendo uma preocupação do Ministério do Consumo há um tempo, segundo a Agence France-Presse.

Em nota, o Airbnb respondeu que vai continuar recorrendo de todas as decisões que afetem este caso. Segundo a empresa, o Ministério do Consumo “não tem competência para fazer cumprir as regulamentações relacionadas a acomodações turísticas”.

Pelo menos três resoluções da Direção-Geral de Consumo foram enviadas para o Airbnb nos últimos meses. Os pedidos notificavam a empresa para desativar mais de 65 mil anúncios, que correspondem a casas inteiras em diversas regiões espanholas.

A empresa chegou a recorrer. No entanto, uma decisão recente do Tribunal Superior de Justiça de Madri emitiu uma resolução inicial que manteve o pedido do ministério. O TSJ chegou a pedir a empresa a retirar, de forma imediata, cerca de 5.800 anúncios de imóveis turísticos.

A primeira decisão favorável deu ao ministério o gás necessário para manter a pressão e tentar acabar o que a pasta avaliou como “o descontrole e a ilegalidade generalizados nas acomodações turísticas, assim como facilitar o acesso à moradia e proteger os direitos dos consumidores.”

Após essa primeira decisão favorável, o ministério mantém sua pressão para tentar “acabar com o descontrole e a ilegalidade generalizados nas acomodações turísticas, assim como facilitar o acesso à moradia e proteger os direitos dos consumidores”, explica o comunicado.

*Com informações da AFP

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Rebeca Nicholls é estagiária do digital da Itatiaia com foco nas editorias de Cidades, Brasil e Mundo. É estudante de jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNIBH). Tem passagem pelo Laboratório de Comunicação e Audiovisual do UniBH (CACAU), pela Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e pelo jornal Estado de Minas