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Morte de papa Francisco: relembre momentos marcantes do pontificado

Francisco esteve presente em comunidades distantes, países em guerra, recebeu fiéis até o fim da vida e não se eximiu de opiniões sobre temas polêmicos

Papa Francisco reiterou o pedido de cessar-fogo e liberação de reféns em Gaza

O mundo se despede, nesta segunda-feira (21), do primeiro papa jesuíta e latino-americano: o Papa Francisco. Nascido Jorge Mario Bergoglio, o pontífice deixa um legado profundamente marcado por gestos simbólicos, proximidade com os mais vulneráveis e firme defesa da fraternidade humana.

Ao longo de mais de uma década de pontificado, Francisco esteve presente em comunidades distantes, recebeu fiéis até o fim da vida e não se eximiu de opiniões sobre temas polêmicos. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lembrou momentos importantes do papado. Confira:

Pediu orações ao povo

Em sua primeira aparição pública como Papa, em 2013, Francisco emocionou o mundo ao saudar a multidão na Praça São Pedro com um simples “Boa noite” e pedir que os fiéis rezassem por ele. Era o prenúncio de um papado pautado pela humildade.

Chorou pelos migrantes

Na sua primeira viagem oficial, em julho de 2013, o Papa foi até Lampedusa, ilha italiana porta de entrada para migrantes africanos. Lá, chorou pelas vítimas do Mediterrâneo e denunciou a “globalização da indiferença”.

Abraço ao menino Nathano

Durante a Jornada Mundial da Juventude, no Brasil, ainda em 2013, Francisco teve encontros marcantes com o povo. Um dos mais lembrados foi o abraço no menino Nathan de Brito, de 9 anos, que atravessou a segurança para dizer que queria ser padre.

Visita a periferias

Francisco saiu diversas vezes do Vaticano para visitar comunidades periféricas de Roma, instituições de caridade, lares e paróquias simples. Era a expressão concreta da “Igreja em saída” que ele tanto pregou.

Defesa aos mais pobres

No encontro mundial com movimentos populares, em 2014, o Papa apresentou os “três Ts” – terra, teto e trabalho – como direitos fundamentais. Em discursos históricos, pediu que os pobres fossem protagonistas de sua própria história e condenou a exclusão social.

Visita a países com conflitos armados

Em 2015, proclamou o Jubileu Extraordinário da Misericórdia. Para marcar o início do Ano Santo, escolheu abrir a primeira Porta Santa em Bangui, na República Centro-Africana, país marcado por conflitos armados.

Emoção em Auschwitz

Em 2016, durante visita ao antigo campo de concentração nazista, Papa Francisco manteve-se em silêncio e escreveu no livro de visitas: “Senhor, tem piedade do teu povo! Perdão por tanta crueldade”.

Gesto a povos originários

Durante visita ao Peru, em 2018, alertou sobre as ameaças aos povos indígenas da Amazônia e incentivou a defesa dos territórios e culturas originárias. O gesto culminou no Sínodo da Amazônia e na exortação “Querida Amazônia”.

O Papa que celebrou o amor

Francisco valorizou o matrimônio e a vida familiar em diversos momentos. Presidiu cerimônias simples de casamento, promoveu sínodos sobre a família e instituiu o ano “Família Amoris Laetitia”, reforçando o papel central do amor no lar.

Pedido pela paz no Sudão do Sul

Em 2019, ajoelhou-se e beijou os pés de líderes do Sudão do Sul, implorando que não retomassem a guerra civil. “Vamos seguir em frente”, pediu ele, emocionado.

Respeito entre religiões

Assinou em Abu Dhabi, com o grande imã Ahmed Al-Tayeb, a Declaração sobre a Fraternidade Humana. O documento inspirou a encíclica Fratelli Tutti, que propõe um mundo baseado no respeito e no diálogo entre culturas e religiões.

Pandemia e Praça de São Pedro vazia

Em 2020, no auge da pandemia de Covid-19, conduziu sozinho uma oração histórica na Praça São Pedro vazia. Debaixo de chuva, diante do crucifixo, lembrou: “Estamos todos no mesmo barco”. Sua mensagem de fé e esperança correu o mundo.

E

Mesmo nos momentos de saúde fragilizada, Francisco manteve sua missão. Após internações, fez questão de participar de celebrações, visitar hospitais e manter a tradição do lava-pés em prisões, mesmo que à distância. “Rezo por vocês”, dizia aos detentos.

Com informações da CNBB

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