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Doença de Donald Trump: entenda a insuficiência venosa crônica

Presidente dos Estados Unidos foi diagnosticado ao passar por exames médicos devido a um quadro de inchaço nas pernas

Inchaço pode começar nos tornozelos e pés, e subir até a panturrilha

A Casa Branca informou, nesta quinta-feira (17), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica ao passar por exames médicos devido a um quadro de inchaço nas pernas.

Segundo o médico angiologista e cirurgião vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Guilherme Jonas a insuficiência venosa crônica (IVC) acontece quando as veias das pernas perdem a capacidade de levar o sangue de volta para o coração com eficiência.

“Isso pode ocorrer por fraqueza nas válvulas das veias ou por obstruções. As principais causas são fatores genéticos, sedentarismo, excesso de peso, longos períodos em pé ou sentado, e gravidez”, explica o médico sobre as causas da doença à Itatiaia.

Além disso, Jonas explica que as mulheres são mais afetadas que os homens, principalmente por causa dos hormônios femininos e da gestação. No entanto, o risco aumenta a partir dos 40 anos.

“Após os 50, mais da metade das mulheres apresenta algum grau de varizes ou insuficiência venosa”, afirma.

Sintomas e tratamento

Os sintomas mais comuns são: sensação de peso nas pernas, cansaço, dor, inchaço ao fim do dia, queimação, e às vezes coceira ou câimbras noturnas. Com o tempo, podem surgir varizes visíveis e alterações na pele.

Segundo o cirurgião vascular, o inchaço pode começar nos tornozelos e pés, e subir até a panturrilha. Porém, quando há varizes mais avançadas, pode afetar toda a perna.

O tratamento deve começar o mais rápido possível e pode incluir mudanças no estilo de vida, meias de compressão, e em muitos casos usamos o laser para fechar as veias doentes com segurança e sem internação. O médico explica que cada caso é individualizado — “o importante é procurar um especialista para orientar o melhor caminho”.

“Hoje em dia, nem todo caso precisa de cirurgia tradicional. Com as novas tecnologias, como o laser e a espuma, tratamos muitos casos sem cortes e com rápida recuperação. A cirurgia é indicada apenas em casos muito avançados, com complicações como úlceras ou varizes de grande calibre”, afirma o médico.

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Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde