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Quanto a Meta pagou por Instagram e WhatsApp?

Descubra os valores bilionários por trás dos aplicativos que dominam seu celular

Você provavelmente usa o Instagram para descobrir novidades, se atualizar, conversar com amigos e família. E também usa o WhatsApp para conversar com amigos, família, e trabalhar todos os dias.

Mas você sabia que esses aplicativos não foram criados pela mesma empresa que hoje é dona deles, a Meta (antigo Facebook)? E mais importante, você tem ideia de quanto dinheiro a gigante da tecnologia desembolsou para adquirir essas plataformas que se tornaram essenciais na nossa comunicação e dia a dia?

Nesta segunda (14) começou o processo da autoridade norte-americana de defesa da Concorrência, Federal Trade Commission (FTC) contra a Meta. Em resumo, ela acusa Meta de de comprar a rede social Instagram e o serviço de mensagens WhatsApp para “eliminar ameaças ao seu monopólio”. Esse processo pode terminar com a Meta e Mark Zuckerberg sendo obrigados a vender o Instagram e o WhatsApp.

Entender quanto a Meta pagou pelo Instagram e WhatsApp nos ajuda a perceber a dimensão do mercado de tecnologia e como movimentos estratégicos de grandes empresas moldam as ferramentas que usamos.

Os valores por trás das compras: quanto custou cada app?

As aquisições do Instagram e do WhatsApp pelo então Facebook foram marcos na história da tecnologia e representaram apostas de alto valor no futuro da comunicação digital e móvel. Os números envolvidos chamam a atenção:

  • Instagram (2012): A compra do aplicativo de fotos foi anunciada por aproximadamente US$ 1 bilhão. Na época, o valor foi considerado altíssimo para um aplicativo com poucos funcionários e receita ainda incipiente. A aposta era no potencial de crescimento e na base de usuários engajada, especialmente no ambiente móvel que crescia rapidamente.
  • WhatsApp (2014): Dois anos depois, a empresa fez uma oferta ainda mais impressionante pelo aplicativo de mensagens. O valor anunciado foi de US$ 19 bilhões, uma combinação de dinheiro e ações. Considerando a valorização das ações na época do fechamento do negócio, o valor final chegou a ser estimado em cerca de US$ 22 bilhões. O objetivo era claro: dominar a comunicação pessoal via mensagens, alcançando uma base de usuários global massiva.

Essas compras mostraram a força financeira da empresa e sua estratégia agressiva para se manter relevante e à frente de potenciais concorrentes no espaço digital.

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Por que esses valores importam para você?

Embora pareçam números distantes da nossa realidade financeira, o valor que a Meta pagou por Instagram e WhatsApp tem implicações que chegam até o nosso cotidiano. Essas aquisições bilionárias ajudaram a moldar o cenário digital que conhecemos hoje:

  • Concentração de mercado: As compras fortaleceram a posição dominante da Meta no mercado de redes sociais e mensagens, diminuindo o número de grandes concorrentes independentes.
  • Integração (ou falta dela): Embora os aplicativos mantenham identidades separadas, eles fazem parte do mesmo ecossistema. Isso influencia como seus dados podem ser usados (dentro das políticas de privacidade) e como a publicidade é direcionada entre as plataformas.
  • Modelo de negócios: O alto custo das aquisições reforça a necessidade de gerar receita. Como os aplicativos são gratuitos para o usuário, o modelo se baseia fortemente em publicidade direcionada, o que impacta a experiência de uso.
  • Inovação e competição: A concentração de poder pode levantar questões sobre o ritmo da inovação e a dificuldade para novos aplicativos competirem com gigantes estabelecidos.

Entender esses valores nos ajuda a ter uma visão mais crítica sobre as ferramentas digitais que usamos e o poder das empresas por trás delas.

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O que essas compras revelam sobre a economia digital?

As aquisições do Instagram e WhatsApp pela Meta são exemplos claros de tendências importantes na economia digital e no mundo dos negócios de tecnologia:

  • Valorização de dados e usuários: Mais do que a tecnologia em si, o que justificou os altos valores foi o acesso a milhões (e depois bilhões) de usuários ativos e seus dados, essenciais para publicidade e desenvolvimento de novos produtos.
  • Estratégia de aquisição: Grandes empresas de tecnologia frequentemente crescem comprando startups inovadoras ou potenciais concorrentes, como forma de expandir seu alcance, adquirir talento ou neutralizar ameaças.
  • Regulação em foco: Negócios dessa magnitude atraem cada vez mais a atenção de órgãos reguladores em todo o mundo, preocupados com práticas anticompetitivas e o poder excessivo das chamadas “Big Techs”.
  • Velocidade das mudanças: O setor de tecnologia é dinâmico, e empresas precisam fazer grandes apostas (e investimentos) para não ficarem para trás, como foi o caso da aposta no crescimento do uso de smartphones e aplicativos.

Os valores pagos pelo Instagram e WhatsApp, portanto, não são apenas números impressionantes. Eles refletem estratégias de mercado, a dinâmica da economia digital e como o poder econômico se concentra nas mãos de poucas gigantes da tecnologia, influenciando diretamente as plataformas que usamos diariamente.

Entender o contexto econômico por trás dos aplicativos que usamos nos ajuda a compreender melhor o mundo digital em que vivemos. Os valores bilionários pagos pela Meta por Instagram e WhatsApp são um lembrete do imenso poder financeiro e estratégico das grandes empresas de tecnologia e de como suas decisões moldam nossa experiência online. Manter-se informado sobre esses movimentos é fundamental para navegar conscientemente no cenário digital. Para decisões financeiras pessoais ou análises de investimento mais profundas, considere sempre buscar informações detalhadas e, se necessário, a orientação de profissionais qualificados.

Ita
A Ita é a Inteligência Artificial da Itatiaia. Todas as reportagens produzidas com auxílio da Ita são editadas e revisadas por jornalistas.
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