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Um terço da equipe de Musk de corte de gastos do governo Trump pede demissão

Em uma carta conjunta, os funcionários dizem se recusar a ‘desmantelar serviços públicos cruciais’

Um terço da equipe de Musk de corte de gastos do governo Trump pede demissão

Um terço do Departamento de Eficiência Governamental (Doge, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, liderado por Elon Musk, pediu demissão. A comissão tem como objetivo cortar gastos do governo.

Os 21 trabalhadores alegaram que o bilionário coloca o país em risco com as suas recomendações ao presidente Donald Trump.

Os membros confirmaram o pedido de demissão com uma carta enviada à chefe de gabinete da Casa Branca, Susan Wiles.

“Não usaremos nossas habilidades em tecnologia para comprometer sistemas governamentais essenciais, colocar em risco dados sensíveis ou desmantelar serviços públicos cruciais emprestando nossa expertise para realizar ou legitimar ações do departamento”, escrevem.

No texto, eles alegam que o trabalho realizado na Doge não está de acordo com o que prometeram desempenhar quando foram contratados.

“Juramos servir o povo americano e manter o nosso juramento à Constituição (…) No entanto, ficou claro que não podemos mais honrar esses compromissos”, diz a carta.

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Os funcionários trabalhavam inicialmente para o Serviço Digital dos Estados Unidos, que se transformou no Doge depois que o presidente Donald Trump assumiu o cargo e colocou para comandá-lo Elon Musk, que conta com um pequeno grupo de funcionários leais para cortar drasticamente os gastos federais.

Embora Musk não seja o administrador formal do Doge, o empresário dirige as operações e vai participar na próxima sexta-feira da primeira reunião de gabinete do segundo mandato de Trump.

Musk não tem um cargo ministerial nem autoridade formal para tomar decisões, e sim o status de “funcionário governamental especial” e “principal assessor do presidente”.

O bilionário alegou que os funcionários que pediram demissão eram “remanescentes políticos” que trabalhavam remotamente e que se recusaram a retornar ao trabalho presidencial, como ordenou Trump. “Seriam demitidos se não tivessem pedido demissão”, afirmou.

* Com informações de AFP

Jornalista formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia, escreve para Cidades, Brasil e Mundo. Apaixonado por boas histórias e música brasileira.