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Israel diz que população pode deixar abrigos e reabre espaço aéreo; ataque iraniano disparou 180 mísseis

Mísseis deixaram um morto na Cisjordânia (território palestino) e duas pessoas feridas com estilhaços; ataque é uma resposta a ofensiva israelense lançada no Líbano nesta manhã

This picture shows projectiles above Jerusalem, on October 1, 2024. - Iran has launched a missile attack on Israel’s commercial hub Tel Aviv, state media reported on October. (Photo by Menahem Kahana / AFP)

As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam que o país foi atingido por 180 mísseis iranianos nesta terça-feira (1°). Grande parte deles foi interceptado e os ataques deixaram um morto na Cisjordânia (território palestino) e duas pessoas feridas com estilhaços. Com o fim da ofensiva, Israel informou que a população já pode sair dos abrigos e reabriu o espaço aéreo.

O ataque iraniano é uma manifestação em apoio ao Hezbollah, grupo terrorista que atua no Líbano. Desde meados de setembro, Israel realiza bombardeios contra o grupo terrorista Hezbollah no país, mas as explosões já deixaram dezenas de civis mortos, incluindo dois adolescentes brasileiros. Na manhã desta terça, Israel decidiu intensificar os ataques e realizou uma ofensiva terrestre no país vizinho.

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Apesar dos mísseis lançados pelo Irã não terem causado vítimas em Israel, um ataque a tiros deixou ao menos oito mortos e oito feridos em Tel Aviv, de acordo a polícia israelense. Dois terroristas teriam aberto fogo na estação Sderot-Yerushalayim, no bairro de Haifa. Eles foram mortos após o ataque.

Além do Irã, o Hezbollah também atacou alvos israelenses nesta terça. O grupo terrorista lançou foguetes contra a principal base de inteligência militar de Israel, próxima a Tel Aviv

Como conflito surgiu?

Israel e o Hezbollah trocam disparos há meses, mas o confronto se intensificou depois de milhares de pagers e walkie-talkies de membros do Hezbollah explodirem nos dias 17 e 18 de setembro. O Hezbollah, aliado do Hamas, promete continuar combatendo Israel “até o fim da agressão em Gaza”. O Irã garantiu que apoiaria o Líbano “por todos os meios” no caso de uma escalada.

Este conflito eclodiu com o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.205 mortos em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelenses que inclui reféns que morreram no cativeiro em Gaza. Das 251 pessoas raptadas, 97 permanecem em Gaza, 33 das quais foram declaradas mortas pelo Exército.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já deixou 41.495 mortos, a maioria civis, segundo dados do Ministério da Saúde do governo do Hamas, considerados confiáveis pela ONU.

No último sábado (28), o Hezbollah confirmou a morte de Sayyed Hassan Nasrallah em um bombardeio de Israel. Ele era o líder e principal rosto do grupo extremista desde 1992. O acontecimento mais recente do conflito foi a invasão por terra de tropas israelenses no sul do Líbano na noite desta terça-feira (30), em uma operação com o objetivo de fazer “incursões terrestres seletivas” na região.


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.