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África do Sul proíbe criação de leões em cativeiro para fins comerciais

O país tem mais de 8 mil animais da espécie nessa situação

Criadores de leões estão preocupados com a lei que proíbe a criação destes animais em cativeiro

Uma medida do governo da África do Sul deve restringir a criação de leões em cativeiro naquele país. Uma lei, que entrou em vigor em março deste ano, determina o fim da criação destes animais em cativeiro para fins comerciais.

De acordo com a agência de notícias Reuters, a África do Sul possui mais de 8 mil leões em cativeiro, número que supera o de indivíduos da espécie soltos na natureza. Em 2022, o Ministério do Meio Ambiente do país africano recomendou a proibição da prática, porém não estabeleceu incentivo financeiro para os criadores.

A criação de leões em cativeiro é uma atividade econômica significativa para a África do Sul, e os criadores alegam que ela ajuda a financiar pesquisas sobre a vida selvagem.

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Em uma dos centros de criação citados, turistas pagam para participar de caminhadas guiadas com leões, o que ajuda o dono do lugar, Willie Le Roux, a pagar os funcionários e ampliar as pesquisas que faz. Os primeiros filhotes de leão da hospedaria foram produzidos por meio de inseminação artificial.

Um dos funcionários do local contou à Reuters que é o único responsável por levar sustento para casa. O homem disse que acabar com a criação dos felinos em cativeiro vai prejudicar muitos trabalhadores e suas famílias.

A lei visa que os empresários abandonem a atividade voluntariamente. O texto da legislação diz que os proprietários podem sacrificar, esterilizar ou entregar os animais ao governo para que sejam soltos na natureza. Os leões mantidos em cativeiro também podem ser transferidos para santuários, informa a Reuters.


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Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.