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Veja tudo o que se sabe da desistência de Joe Biden a reeleição à presidência dos EUA

Partido Democrata irá decidir um novo nome para substituir Biden em convenção realizada em agosto; Kamala Harris é o nome mais cotado para assumir o posto

Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desistiu de candidatar à reeleição

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou neste domingo (21) que desistiu de concorrer à reeleição contra o republicano Donald Trump. Biden vinha sendo pressionado a sair da disputa após apresentar um desempenho desastroso no debate contra o Trump, e ter a saúde questionada ao se mostrar aéreo em eventos, confundir nomes de líderes mundiais e cometer gafes em discursos.

Em um comunicado publicado no X (antigo Twitter), Biden agradeceu aos americanos pelo apoio e afirmou que vai focar suas energias para terminar o atual mandato, que se encerra no fim do ano.

“Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E embora tenha sido minha intenção buscar a reeleição, acredito que é do interesse do meu partido e do país que eu me demita e me concentre exclusivamente no cumprimento dos meus deveres como Presidente durante o resto do meu mandato”, escreveu.

Agora, o Partido Democrata precisará indicar um nove nome para substituir Joe Biden. Entenda quais os próximos passos:

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O que vai acontecer agora?

Para indicar oficialmente um substituto, os delegados do Partido Democrata, de todos os 50 estados, devem comparecer à convenção nacional para nomear oficialmente um candidato com base nas eleições primárias. O evento acontecerá em agosto, em Chicago.

Biden já havia vencido esmagadoramente os votos primários. Por isso, especialistas afirmam que os cerca de 3.900 delegados do partido que vão à convenção estão em dívida com ele. Apontada como a favorita para substituir Biden, a candidatura de Harris só será confirmada após a convenção do Partido Democrata.

Porém, além da vice-presidente dos EUA, outros fortes nomes do partido também podem ser considerados, como: Gavin Newsom, Gretchen Whitmer, Josh Shapiro, entre outros.

Biden quer que Kamala Harris o substitua

Após anunciar a desistência à corrida presidencial, Biden manifestou apoio a uma possível candidatura de Kamala Harris, a atual vice-presidente dos Estados Unidos.

“A minha primeira decisão como candidato do partido em 2020 foi escolher Kamala Harris como minha vice-presidente. E tem sido a melhor decisão que tomei. Hoje quero oferecer o meu total apoio e endosso a Kamala para ser a candidata do nosso partido este ano”, afirmou o presidente em uma publicação no X (antigo Twitter).

Algumas horas depois do comunicado, Harris agradeceu ao apoio de Joe Biden e disse que espera ser a escolhida do partido Democrata para disputar o pleito.

“Estou honrada em ter o apoio do presidente e minha intenção é conquistar e vencer esta nomeação. Farei tudo ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e unir nossa nação – para derrotar Donald Trump e sua agenda extrema do Projeto 2025", disse.

Trump desdenha de Kamala Harris e ataca Biden

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se pronunciou minutos depois que Joe Biden anunciou que desistiu de concorrer à reeleição. À CNN internacional, ele descreveu Biden como “de longe o pior presidente da história do nosso país”.

Apesar de Kamala Harris será a favorita para substituir Biden, ainda não está definido que ela será a escolhida. Por telefone, Trump afirmou que acha que será mais fácil derrotar Harris do que Biden seria.

Oportunidade para os independentes?

Com a saída de Biden, poderia surgir um forte candidato de um terceiro partido? Até agora, nenhum candidato independente representa qualquer risco para o sistema bipartidário dominante nos Estados Unidos.

Em 1992, o bilionário texano Ross Perot, concorrendo como independente, conseguiu ganhar quase 19% do voto popular. Mas, no final, devido à forma como o sistema eleitoral do país funciona, ele não recebeu um único voto dos mais importantes: os dos 538 membros do Colégio Eleitoral que, em última instância, decidem o vencedor.

*Com informações de AFP


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Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.