Uma das
Início do sonho
“Quando a gente chegou no Canadá pela primeira vez, em 2016, meu marido tinha dois sonhos: jogar hóquei no gelo e ver a aurora boreal [...] O hóquei ele conseguiu jogar logo no primeiro inverno, mas a aurora a gente descobriu que não era tão fácil assim de ver”, contou Celine à Itatiaia.
O grande desafio para ver a
Sem ter como viajar para Islândia, ou para o norte do Canadá, Rodrigo e Celine começaram a acompanhar os grupos de caçadores de aurora no Quebec, a província onde eles moravam, e também monitoravam as previsões para o fenômeno por um aplicativo. “Com isso, toda vez que o Índex Kp [índice que aponta distúrbios geomagnéticos] estava alto para nossa região, a gente pensava de dirigir para o norte do Quebec e tentar ver. Algumas pessoas postavam fotos no grupo, mas falavam que não dava para ver a olho nu, tinha que colocar a câmera para gravar em longa exposição. Enfim, a gente tentou ‘caçar’ a aurora umas cinco vezes sem sucesso”, contou a servidora pública.
Deu tudo certo!
Depois de tantas tentativas, Celine e Rodrigo passaram a acompanhar as previsões sem tanto esforço. Quando foi anunciado que havia previsão do fenômeno acontecer na região deles, o casal foi pego de surpresa. “Estávamos trabalhando quando vimos a notícia de que de sexta para sábado a atividade seria alta. Mandamos mensagem para uns amigos que já foram com a gente caçar aurora e combinamos de encontrar em um lugar afastado da cidade”.
Celine explica que nos grupos, as pessoas costumavam a postar apenas fotos de auroras esverdeadas. “Eu queria ver a olho nu, não queria ter que colocar câmera, então realmente nunca vimos nada. As fotos que o pessoal postava nesse grupo do Facebook eram sempre da aurora verde no horizonte, então eu achava que aqui do leste do Canadá só dava para ver aurora verde e olhando para o horizonte. Ver em cima da minha cabeça e de várias cores era uma utopia, coisa de filme. Mas, depois de oito anos de espera, foi exatamente como aconteceu!”, contou.