A Polônia informou nesta quinta-feira (11) que o Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência, a pedido do país, após a força aérea polonesa abater drones russos que
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou o episódio como uma “violação imprudente e sem precedentes do espaço aéreo da Polônia e da Europa”.
“Estamos chamando a atenção do mundo para este ataque inédito com drones russos contra um membro das Nações Unidas, da União Europeia e da
Ele afirmou que o ataque foi deliberado. “Foram dezenove violações do nosso espaço aéreo, várias dezenas de drones identificados, alguns abatidos. A ação durou sete horas, a noite inteira, então não podemos dizer que foi um acidente”, destacou.
Sikorski acrescentou que a Polônia recebeu um “tsunami” de declarações de apoio dos aliados, mas reforçou que o país “precisa que isso seja traduzido em ações”. Ele também rejeitou as alegações de que os drones seriam de origem ucraniana, definido-as como parte da campanha de desinformação do Kremlin.
Na quarta-feira (10), Varsóvia acionou o artigo 4 da Otan, que prevê consultas urgentes quando um membro se sente ameaçado. O dispositivo foi usado apenas sete vezes desde 1949, sendo a mais recente em 2022, após a invasão russa a Donbass, região ucraniana.
Ainda na quarta-feira, o primeiro-ministro Donald Tusk da Polônia declarou que um “enorme número de drones russos” havia violado o espaço aéreo polonês. Aeroportos do país chegaram a ser fechados, enquanto o ministro da Defesa, Wladyslaw Kosiniak-Kamysz, atuava em conjunto com o comando da Otan.
Segundo Tusk, o risco de um grande conflito militar na Europa está “
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, também se manifestou. “Isso marca um precedente extremamente perigoso para a Europa. É necessária uma resposta forte, e só pode ser uma resposta conjunta de todos os parceiros: Ucrânia, Polônia, todos os europeus, os Estados Unidos”, declarou.
Segundo Zelensky, Moscou direcionou 415 drones e 40 mísseis contra o território ucraniano na ocasião.
(Sob supervisão de Marina Dias)