O que define se uma pessoa vai nascer com o sexo feminino ou masculino são os cromossomos X e Y. Homens possuem a sequência XY e as mulheres possuem a sequência XX. No entanto, o cromossomo Y vem perdendo genes nos últimos milhões de anos e pode, inclusive, desparecer nos próximos cinco milhões de anos.
Apesar dessa informação estar sendo amplamente divulgada, ela tem gerado controvérsia inclusive entre pesquisadores. Para a professora de genética Jenny Graves, da universidade La Trobe University, na Austrália, a espécie humana não deve se desenvolver para a existência de apenas fêmeas.
A teoria da estudiosa é que nesses cinco milhões de anos, os genes presentes nos cromossomos Y serão realocados para outros cromossomos, além de disso, haverá o surgimento de novas moléculas cromossomiais.
Já uma pesquisa feita pela Whitehead Institute for Biomedical Research e pela Washington University School of Medicine, ambas nos Estados Unidos, revelou que cromossomo Y não apenas contém muito mais genes do que os cientistas pensavam - a equipe encontrou cerca de 78 genes -, mas também possui muitos genes dispostos em pares ao longo desse único cromossomo, o que permite que o cromossomo Y imite a estrutura de cromossomos emparelhados do resto da estrutura genética dele mesmo.
Ao conseguir ‘imitar’ a própria estrutura genética, o cromossomo Y é capaz de reparar genes danificados sem precisar da recombinação sexual - forma que os outros cromossomos que possuem pares utilizam para se repararem.
Ou seja, de acordo com essa teoria, não necessariamente o cromossomo Y irá desparecer ao longo do tempo, já que ele pode se autoreparar.
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