A série de ataques e ameaças de massacres em escolas brasileiras têm gerado um clima de insegurança entre pais, responsáveis e profissionais de educação. Mas a violência recente não tem assustado apenas os brasileiros. Com pelo menos três ataques registrados nos últimos três dias (
O “The Washington Post”, considerado um dos maiores jornais do mundo, afirmou, nesta terça-feira (11), que os “massacres escolares não são mais um problema exclusivo dos Estados Unidos”. Segundo a reportagem, o Brasil foi “infectado por uma doença tipicamente americana”, que já causou 26 mortes nos últimos quatro anos.
A matéria apresenta uma diferença entre os ataques brasileiros e estadunidenses: as armas utilizadas. Nos EUA, onde o acesso à armas de fogo é mais fácil, a maioria dos autores dos massacres utilizam revólveres e fuzis. No Brasil, onde há uma restrição maior, os crimes são cometidos com facões e machadinhas. Por conta disso, metade dos ataques registrados em 2022 não tiveram nenhuma morte.
“Ligação com grupos neonazistas”
Agência de notícias sul-americana com 30 anos de história, a MercoPress deu destaque para a possível ligação entre grupos neonazistas e os ataques registrados nas últimas semanas. Segundo a publicação, a
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Já a NPR, rede de rádio pública dos Estados Unidos que agrega 900 emissoras, destacou como o aumento recente nos casos tem influenciado o debate público. Segundo a reportagem, a sociedade “tenta entender o que tem causado os ataques e como evitar futuros massacres”. Para a reportagem, a “mentalidade de imitador” faz com que jovens brasileiros se inspirem em massacres famosos, como o registrado na
A matéria também ressalta que a prioridade das autoridades não deve ser confrontar os invasores, mas sim entender o fenômeno e prevenir novos casos. Essa é a mesma conclusão da especialista Valéria Oliveira, que disse à Itatiaia que o foco deve estar no trabalho de inteligência para
“Não existe nenhum país onde haja mais problemas com massacres em escolas atentados à escolas do que os Estados Unidos. Existem escolas onde essas medidas já foram colocadas em prática e, mesmo assim, os casos não se encerram. Então esse tipo de intervenção não é suficiente.”, afirma a matéria da NPR.