A minoria drusa entrou nos holofotes depois que uma
Nesta quinta-feira (17), o presidente da Síria, Ahmed al Sharaa, ordenou, nesta quinta-feira (17), a retirada das tropas governamentais de Sueida, no sul do país, a fim de evitar uma ‘guerra aberta’ com Israel. A situação é considerada “preocupante” pelos Estados Unidos e, segundo o enviado especial dos EUA para a Síria, Tom Barrack, o país instou Israel a interromper os ataques.
Antes disso, confrontos entre apoiadores do governo e milícias drusas na cidade de Suwayda, no sul do país, levou as forças sírias a intervirem. A situação desencadeou novos ataques aéreos israelenses, enquanto Israel, que alegou o compromisso de proteger os drusos, expandiu a presença no Sul da Síria.
Os drusos são uma minoria étnico-religiosa árabe. Aproximadamente um milhão de pessoas, que vivem principalmente na Síria, Líbano e Israel, fazem parte do grupo. Eles constituem maioria na província de Suwayda e esteve, por vezes, presa entre as forças do antigo regime de Assad e grupos extremistas durante a guerra civil de dez anos na Síria.
O grupo é originário do Egito, no século XI e pratica uma ramificação do islamismo que permite conversões. Isso, nem para a religião e nem para fora dela, o que também descarta casamentos mistos.
Na Síria, a comunidade drusa está concentrada em três províncias próximas às Colinas de Golã ocupadas por Israel, no sul do país. Ao menos 20 mil drusos vivem nas Colinas de Golã. O planalto é estratégico e foi tomado por Israel da Síria durante a Guerra dos Seis Dias em 1981.
A partir disso, os drusos compartilham o território com cerca de 25 mil colonos judeus, espalhados por mais de 30 assentamentos. Grande parte dos drusos que vivem em Golã identifica-se como sírio e rejeitou a oferta de cidadania israelense quando Israel tomou a região.
O que deu início aos confrontos?
Cerca de 130 mil drusos israelenses vivem no Carmelo e na Galileia, no norte de Israel. Na terça-feira (15), o gabinete do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse que Israel está “comprometido em evitar danos aos drusos na Síria devido à profunda aliança fraternal com nossos cidadãos drusos em Israel e seus laços familiares e históricos com os drusos na Síria”.
Diferente de outras comunidades minoritárias dentro das fronteiras de Israel, homens drusos com mais de 18 anos são recrutados para o exército israelense. O governo israelense também declarou uma zona de desmilitarização na Síria. Isso de forma unilateral. Segundo o gabinete do primeiro-ministro israelense, a decisão “proíbe a introdução de forças e armas no sul do país”.
No entanto, a declaração foi rejeitada pelo governo sírio, que pediu que Israel cessasse as ações militares que violam sua soberania.