A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (17), a Operação Cargas D’Água, para desarticular uma quadrilha especializada em roubos de cargas na BR-251, especialmente no trecho entre os KMs 202 e 365, no Norte de Minas.
O grupo é suspeito de atacar caminhões dos Correios, do Mercado Livre e de outras transportadoras, roubando cargas de alto valor, como eletrônicos e celulares. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e sete intimações judiciais nas cidades de Cachoeira de Pajeú e Santa Cruz de Salinas, em Minas Gerais, e em Barra do Choça, na Bahia.
As investigações começaram no ano passado, após uma série de roubos registrados em 2024. Segundo a PF, os criminosos levavam as mercadorias para o distrito de Águas Altas, na zona rural de Cachoeira de Pajeú, que seria usado como base para esconder e redistribuir os produtos roubados. O nome da operação faz referência a esse local.
A Polícia identificou que a quadrilha era bem estruturada, com divisão de funções, planejamento detalhado e uso de equipamentos como balaclavas, lanternas de alta potência, rádios comunicadores e até bombas incendiárias. Uma das estratégias era colocar fogo na rodovia para forçar os motoristas a parar.
Em uma das ações, registrada por câmeras, os criminosos incendiaram um trecho da BR-251, usaram luz forte para desorientar o condutor e desviaram a carreta para uma estrada vicinal, onde fizeram o saque da carga de forma seletiva, indicando que sabiam exatamente o que estava sendo transportado.
A investigação também aponta a possível participação de motoristas de transporte de cargas, incluindo um caso em que o próprio condutor, dias após o roubo, passou a utilizar um dos objetos levados na ação.
O grupo utilizava armas como pistolas, revólveres calibre .38, espingardas calibre 12 e veículos diversos, como caminhonetes, vans, furgões e até guinchos, o que facilitava a logística dos crimes e a fuga.
A operação contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal. O material apreendido será periciado e as investigações continuam. Os envolvidos poderão responder por roubo qualificado, associação criminosa e receptação, crimes que podem
