Neste domingo (28), a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) realiza uma ação especial do Setembro Verde, campanha nacional de incentivo à doação de órgãos. A atividade será na entrada da Praça Cívica, das 8h às 12h, e contará com estudantes de medicina e enfermagem da Liga Acadêmica de Transplantes de Tecidos e Órgãos (Latto), médicas nefrologistas e enfermeiras do Hospital Universitário da UFJF, além de pacientes já transplantados.
O evento conta com panfletagem, orientações individuais e coletivas e aplicação de um questionário sobre o tema. Além disso, quem passar pela Praça Cívica poderá conversar com pacientes já transplantados, aferir a pressão arterial e realizar testes de creatinina. Em caso de alteração nos exames, o paciente poderá ser encaminhado para a rede pública ou para um ambulatório específico do HU-UFJF.
Organizada pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos, a campanha busca mobilizar a comunidade acadêmica e a população em torno da importância da doação.
O HU realiza atualmente dois tipos de transplante: o renal e o de células-tronco. Para dar suporte a esse trabalho, a instituição conta com uma Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), responsável por coordenar todo o processo desde a identificação de potenciais doadores até a articulação com os órgãos estaduais competentes.
O que é a doação de órgãos?
É o ato por meio do qual podem ser doadas partes do corpo, sejam órgãos ou tecidos, para serem utilizados no tratamento de outra pessoa com a finalidade de reestabelecer a função de um órgão ou tecido doente.
De um único doador, é possível obter diversos órgãos e tecidos, incluindo rins, fígado, coração, pulmões, pâncreas, intestino, córneas, valvas cardíacas, pele, ossos e tendões.
A doação de órgãos como rim, parte do fígado, parte do pulmão e medula óssea pode ser feita em vida. Já a doação de órgãos de pessoas falecidas somente ocorre após a confirmação do diagnóstico de morte encefálica ou de uma parada cardiorrespiratória.
Na morte encefálica, pacientes sofreram um acidente que provocou traumatismo craniano, como acidente com carro, moto e quedas, ou sofreram um acidente vascular cerebral (AVC).
Por que doar órgãos?
Doar órgãos pode salvar vidas em casos de órgãos vitais, como o coração, além de devolver qualidade de vida nos casos em que o órgão transplantado não é vital, como acontece com os rins.
A doação de órgãos prolonga a expectativa de vida de pessoas que precisam de um transplante, permitindo o restabelecimento da saúde e, muitas vezes, até mesmo a retomada de atividades cotidianas.
O que preciso fazer para ser um doador?
Se você deseja ser um doador de órgãos, avisar aos parentes é o mais importante, já que a lei brasileira exige o consentimento da família para a retirada de órgãos e tecidos para transplante.
Não é necessário deixar a vontade expressa em documentos ou cartórios – basta que sua família atenda ao seu pedido e autorize a doação.
Por isso, comunicar à família que você é um doador de órgãos facilita o processo de transplantes. E se você tem um parente doador, respeite a vontade dele.