Dia 27 de setembro é o Dia Mundial do Turismo. A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1980, busca reconhecer a importância de um dos setores econômicos que mais crescem e se transformam no planeta. O data foi escolhida por marcar o aniversário da adoção dos Estatutos da ONU Turismo, em 1970, um passo decisivo para a consolidação do setor em escala global.
Dados da Agência Minas indicam que o setor hoteleiro de Minas Gerais atravessam um ciclo de expansões. Segundo o Panorama da Hotelaria Brasileira 2025, elaborado pela Hotel Invest, o estado é o segundo do país com maior número de hotéis em desenvolvimento, somando 21 projetos, atrás apenas de São Paulo, com 37.
Nessa semana, uma série especial de entrevistas veiculada no programa Itatiaia Ponto Com, com a comunicadora Beth Marangon, abordou características de empreendimentos hoteleiros em Juiz de Fora e região. O acolhimento mineiro, a culinária e também a demanda por eventos são fatores que tem fortalecido hotéis da Zona da Mata.
Confira as entrevistas na íntegra no canal do
Hospedagem e turismo de eventos
Estrategicamente localizado próximo ao acesso de Juiz de Fora, pelo Salvaterra, o Hotel Green Hill, que tem 16 anos de atividade, ajustou sua atuação a uma vocação forte de Juiz de Fora: o turismo de eventos.
“Partindo dessa vocação, investimos em espaços capazes de receber desde eventos sociais, como casamentos e aniversários até eventos corporativos, com a instalação de espaços e salas de reunião”, explica o diretor executivo, Alexandre Moreira.
A estrutura que comporta a vocação da cidade também se beneficia da área verde do entorno para proporcionar uma ambiente de lazer e descanso para que o hóspede possa relaxar com toda a família.
São 90 acomodações, piscinas fria e aquecida, quadras, recreação e restaurante, que também é aberto ao público.“É um ambiente diferenciado pela localização e por ter um espaço verde muito perto do centro da cidade. Relaxar, descansar e confraternizar”, pontua Alexandre.
Com combos em datas especiais e festivas, como Dia das Mães, Dia os Pais, Dia dos Namorados e Reveillon, o Hotel Green Hill consegue oferecer um combo que une o entretenimento à hospedagem, lazer e boa culinária.
Mineiridade é o melhor tempero
Em Mercês, o Hotel Fazenda Cheiro Verde tem 10 anos de atuação e é o único hotel fazenda all inclusive de Minas Gerais. Para o proprietário do empreendimento, José Barreto, a pandemia foi um divisor de águas para o negócio, que viu o movimento crescer. “No pós pandemia, as pessoas passaram a valorizar mais o lazer e qualidade de vida”, afirma.
Barreto também pontua o desenvolvimento da mineiridade e o perfil acolhedor do mineiro como pontos positivos. “A Zona da Mata era carente de turismo. Mercês não tinha perfil turístico, mas tem boas cachoeiras, festas religiosas que atraem mercesanos ausentes. É uma cidade acolhedora”, ressalta.
Ao pontuar as características do hotel, ele fala sobre a estrutura montada para atender às necessidades de todas as faixas etárioas. Recreação que atende desde o bebê até a pessoa idosa, garantindo tranquilidade para a família. O espaço também valoriza o artesanato da região, que estende sua atuação para o ecommerce.
Antes de empreender em sua cidade natal, Barreto veio adolescente para Juiz de Fora, se graduou e foi trabalhar com uma tia, em um hotel fazenda na divisa de Minas com o Rio. “O meu objetivo era montar um laticínio lá, porque sempre gostei da área de alimentação. Eu ajudava no hotel e comecei e me interessar pela área”, relembra.
De lá, ele veio para Juiz de Fora e montou uma rede chamada Fazendinha, que ficou muito conhecida na cidade, no ramo de restaurante e também queijos e vinhos. “O meu sonho sempre foi voltar para Mercês, minha cidade natal, onde herdei ⅙ da fazenda do meu pai”, afirma.
Quando finalmente voltou para Mercês, ele comprou a parte dos irmãos e, com a ajuda da família, montou o Hotel Fazenda Cheiro Verde. Para o futuro, a família vislumbra a construção de um centro de convenções, já que o empreendimento também tem sido procurado por empresas, para a realização de reuniões.
Refúgio em meio a natureza
Fundada há 15 anos, em Rio Novo, cidade que fica a 48 km de Juiz de Fora, a Pousada Gameleira tem a seu favor o clima pacato da cidade, com seus casarões culturais, uma praça movimentada e belezas naturais da região.
“A prefeitura de Rio Novo tem feito um grande trabalho de divulgação, com um calendário atrativo cultural. Nesse ano, fomos considerados o segundo melhor carnaval da região”, comemora o proprietário da Pousada Gameleira, Leandro Bellozi.
Ao falar sobre o processo de construção da pousada, ele explica que a ideia surgiu em um momento em que ele procurava por algo novo para investir e foi visitar a terra onde hoje funciona a pousada, que estava à venda. “Eu fui junto com o meu pai, a princípio, não gostei muito do lugar, que tinha muito mato. Mas eu vi uma linda gameleira e um casarão, por terminar. Sob influência do meu pai, comprei o terreno, terminamos o casarão e construímos chalés e uma área gourmet. Assim, surgiu a pousada”, conta Bellozi.
Hoje, com seus chalés, suítes e varanda para encontros coletivos, o local recebe muitos eventos de encontros de turma, com estrutura que também disponibiliza uma pizzaria na parte interna da pousada.
“As pessoas estão estressadas, trabalham a semana inteira. Como experiência, oferecemos a oportunidade de um refúgio em meio à natureza a poucos minutos de Juiz de Fora”, comemora.
Europa em Minas
O turismo de luxo, com a ideia de personalização e exclusividade, também é característica abordada em hospedagem na Zona da Mata. Esse é o conceito do Pequena Suíça Hotel Boutique, que funciona em Chácara.
“Todos os detalhes são pensados e esculpidos no estilo suíço. Beleza na arquitetura que se junta ao acolhimento mineiro”, afirma a proprietária Fernanda Mansur Di Simoni. A empreendedora também considera o pós pandemia como um período positivo para o turismo nacional, aliado a questões atuais como a alta do dólar e às guerras.
O cenário, que impacta pela beleza e encantamento, também é terra fértil para a realização de eventos. Desde os corporativos aos mais especiais: casamentos, aniversários, momentos para celebrar a vida.
“Cada evento é tratado de forma especial e personalizada. Desde o porta-retrato, passando pelo cheiro, formas especiais de criar vínculo, memória e afeto”, celebra Fernanda.
Ao definir o empreendimento, ela usa é enfática. “Encantamento. As pessoas são impactadas pela beleza do lugar. Giba, do vôlei, se emocionou quando chegou. Nathália Dill ficou por mais tempo. Levamos experiência para os nossos clientes”, finaliza.
O Pequena Suíça trabalha, atualmente, em quatro vertentes. Restaurante aberto ao público, com espaço kids e recreação gratuita; eventos especiais; hospedagem com pensão completa e equoterapia.