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Operação Guardiões de Areia cumpre mais de 30 mandados na Zona da Mata

Ação mira crimes de corrupção, fraude à licitação e lavagem de dinheiro

Mais de 33 mandados judiciais foram cumpridos durante a Operação Guardiões de Areia, deflagrada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) em parceria com a Polícia Civil (PCMG), nesta quinta-feira (4), na Zona da Mata. A ação foi realizada nos municípios de Teixeiras, Viçosa, Ponte Nova, Rio Casca, Pedra do Anta, além da capital Belo Horizonte.

O objetivo é apurar a prática dos crimes de organização criminosa, corrupção passiva, falsidade ideológica, fraude à licitação, milícia privada e lavagem de dinheiro na região.

Segundo as investigações, três investigadores da Polícia Civil teriam se associado em uma espécie de milícia armada para favorecer uma empresa do ramo de mineração em Teixeiras, com o recebimento de vantagens ilícitas.

Para dar viabilidade ao esquema, os agentes públicos teriam constituído empresas de fachada em nome de “laranjas”, para ocultar e dissimular os pagamentos irregulares. Essas firmas também atuavam no serviço clandestino de segurança privada, com uso indevido do aparato estatal.

Investigados e apreensão

Além dos policiais civis, também estão sendo investigados um assessor parlamentar, três empresários, um contador, um ex-escrivão, um profissional autônomo e uma profissional da área ambiental.

Até o momento, foram apreendidos dispositivos eletrônicos, armas de fogo, documentos, aproximadamente R$ 106 mil em dinheiro vivo, 740 folhas de cheques, entre outros materiais considerados de interesse para as investigações.

Rede criminosa em Teixeiras

De acordo com o MPMG, um assessor parlamentar era responsável por intermediar o pagamento das propinas aos policiais envolvidos. As apurações também apontam a existência de uma rede de agiotagem e lavagem de capitais na comarca de Teixeiras, com a participação direta de três empresários do município. Juntos, eles movimentaram mais de R$ 30 milhões em cerca de cinco anos.

Para consolidar o esquema, há indícios de que o grupo praticou fraudes em licitações e firmou contratos fraudulentos com o município. O resultado foi a formação de uma espécie de “poder paralelo” na região, marcado pelo uso de violência, ameaças e pela apropriação do aparato estatal.

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Joubertt Telles é graduado em jornalismo pelo Centro Universitário Estácio Juiz de Fora, em 2010, e possui curso de Processo de Comunicação e Comunicação Institucional pela Fundação Getúlio Vargas. Trabalha na Itatiaia Juiz de Fora desde 2016, como repórter e apresentação. Prêmio Sindicomércio de Jornalismo 2017, na categoria rádio. Prêmios do Instituto Cultura do Samba como destaque do jornalismo local, em 2016 e 2017. Já atuou na Rádio Globo Juiz de Fora, TVE e Diário Regional, além de ter desempenhado função de assessor parlamentar na Câmara Municipal de Juiz de Fora.
Mayara Fernandes é natural de Juiz de Fora, graduanda em jornalismo pela Faculdade de Comunicação da UFJF. Gosta de ver filmes e ler livros. Estágiaria Web e Design Gráfico em Juiz de Fora desde abril de 2024.