Amigas e amigos do Agro!
No momento, não há luz no fim do túnel para o agronegócio e outros setores do comércio brasileiro se livrarem do tarifaço imposto por Donald Trump.
O grupo de empresários que está nos Estados Unidos foi surpreendido pelos ataques que o agro sofreu de vários setores agropecuaristas americanos, com destaque para algodão, carnes bovina e suína, etanol e outros.
São produtos concorrentes diretos dos americanos que, como grandes produtores, querem se livrar da concorrência brasileira. Café e suco de laranja ficaram fora desses ataques, porque são produtos com que os americanos não podem concorrer.
Imagine o americano com o café e o suco inflacionados ou até em falta no mercado, porque não existem outros fornecedores no planeta.
Esse impasse gira apenas em torno da seção 301 da Lei de Comércio, que teve audiência pública ontem com prosseguimento hoje.
Na Casa Branca houve outro contato preliminar, e a estrada a ser percorrida será longa. Uma situação ficou clara: a questão política, envolvendo Bolsonaro, é inegociável!
Enquanto isso, em Bruxelas, a União Europeia aprovou o texto do acordo entre europeus e Mercosul, faltando a aprovação do Parlamento, em maioria simples, e, depois, a aprovação de 15 países do bloco, que representem 65% da população da União. França e Polônia ainda se posicionam contra. Assunto para ser resolvido ano que vem.
A tendência é de que União Europeia e Mercosul se acertem com mais facilidade, até porque os europeus também estão apertados pelos Estados Unidos.
Já o acordo Brasil e Estados Unidos está cada dia mais complicado. Além da questão política e tarifária de Trump, o agro americano quer impedir o crescimento do agro brasileiro, seu maior adversário comercial no mundo.
Traduzindo do inglês para o português, os produtores americanos sabem muito bem da potência mundial que é o Brasil no agronegócio.
Itatiaia Agro, Valdir Barbosa