A Justiça condenou um escrivão da Polícia Civil de Ubá, na Zona da Mata, por improbidade administrativa. No julgamento em 1ª instância, a Justiça determinou que o réu, que não teve nome e idade divulgados, perca o cargo público e pague multa de R$ 25 mil. Cabe recurso.
De acordo com informações do Ministério Público divulgadas nesta sexta (3), a condenação é oriunda de operação ‘Patmos” realizada em 2019. Conforme investigado, valendo-se do cargo, o homem levou para casa, sem autorização legal, grande quantidade de bens, materiais e documentos vinculados a procedimentos investigatórios que tramitavam na Delegacia Regional de Polícia Civil de Ubá, apropriando-se de bens públicos.
Além disso, conforme a sentença, ele está proibido de contratar com o poder público ou de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios pelo prazo de oito anos. O condenado também aguarda julgamento de processos que tramitam na Justiça Criminal.
A Itatiaia não conseguiu contato com a defesa do réu. O espaço segue aberto.
Operação Patmos
A ação foi deflagrada em setembro de 2019 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Visconde do Rio Branco, pela Corregedoria da Polícia Civil e Promotorias de Justiça da Comarca de Ubá.
O objetivo era apurar a prática dos delitos de corrupção e associação criminosa, entre outras infrações penais, por policiais lotados na Delegacia Regional de Ubá, um advogado e uma ex-estagiária do órgão.
Na época, durante o cumprimento de três mandados de prisão e seis mandados de busca e apreensão em Ubá e Juiz de Fora, foram apreendidas mais de 30 armas de fogo, entre elas pistolas, revólveres e um fuzil calibre 762; 27 carregadores; mais de cinco mil munições de diversos calibres; cerca de 90 kg de insumos, pólvora, estojos e projéteis e 11 mil espoletas, utilizadas para a produção de munições.
A operação foi batizada em referência à ilha grega de Patmos, local onde no final do século 1 o apóstolo João Evangelista recebeu as revelações do livro do Apocalipse.
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