Inauguradas obras de requalificação no Cemitério Municipal de Juiz de Fora

Objetivo do projeto ‘Caminho da Memória’ é permitir que pessoas vivenciem o luto de forma acolhedora no local

Espaço reformado no Cemitério Municipal de Juiz de Fora

Um espaço que acolha amigos e familiares no momento do luto, preservando afetos e lembranças. De acordo com a Prefeitura de Juiz de Fora, este foi o fio condutor da obra de requalificação do Cemitério Municipal Nossa Senhora Aparecida, no bairro Poço Rico.

Dentro do projeto, intitulado Caminho da Memória, foram realizadas a expansão da cantina, a troca de revestimentos e telhados de todas as áreas, a revitalização dos banheiros e a reforma completa das capelas, com renovação das pedras e esquadrias, instalação de tomadas, ar-condicionado e cortinas de vento para maior conforto dos visitantes. As intervenções incluíram a área administrativa e projeto paisagístico em diversos ambientes, com uma nova área de convivência com bancos e uma fonte.

No estacionamento, foram realizadas pinturas artísticas e o reposicionamento das vagas. Para ampliar a acessibilidade, foram feitos ajustes de nível e a criação de rampas adequadas às necessidades de pessoas com mobilidade reduzida. A obra possibilitou a criação de áreas arborizadas, espaços de permanência, caminhos seguros para pedestres e melhorias nos acessos.

Foram aproximadamente três meses de obras, viabilizada com uma emenda parlamentar de R$ 2 milhões destinada pela deputada federal Ana Pimentel. De acordo com a Prefeitura, está prevista uma segunda etapa, mas ainda sem orçamento ou cronograma definidos.

Cemitério Municipal: 161 anos de história

Com cerca de 10 hectares de extensão, o Cemitério Municipal Nossa Senhora Aparecida completou 161 anos de atividade no dia 1º de novembro. O primeiro cemitério público do município foi fundado em 1864, a partir da doação de um terreno dado pelo tenente-coronel José Ribeiro de Rezende, no bairro Poço Rico. O local foi inaugurado após aprovação de uma comissão criada pela Câmara Municipal. A bênção do terreno e da capela foram realizadas pelo vigário da época, Tiago Mendes Ribeiro.

Até então, as pessoas eram enterradas abaixo do assoalho e no entorno de uma igreja católica, no Centro, onde hoje se encontra a Catedral Metropolitana. Com a construção do cemitério, surgiu também a tradição de adornar as sepulturas, trazidas pelas famílias imigrantes da Europa, em especial as italianas.

No Dia de Finados, os túmulos mais visitados são o Jazigo da Santa Palmira, o Jazigo da família Halfeld, o Mausoléu da Família Pantaleone e Arcuri, o Jazigo onde se encontram as cinzas do ex presidente Itamar Franco, o Jazigo do Padre Wilson, e o Túmulo da “Bruxa”. As sepulturas públicas situadas na parte alta do cemitério também recebem grande volume de visitantes.

Leia também

Leia também

Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web na Itatiaia Juiz de Fora desde 2023. Tricampeã na categoria Web/Mídias Digitais no Prêmio Oddone Turolla de Jornalismo, do Sindicomércio JF.

Ouvindo...