Hígia: atuação de milícia privada é alvo de operação na Zona da Mata

Ação conjunta do Ministério Público e da Polícia Civil cumpre mandados de busca e de afastamento de função

Armas apreendidas na operação Hígia deflagrada pelo MPMG e pela PCMG na Zona da Mata

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e a Corregedoria da Polícia Civil deflagraram a Operação Hígia, nesta quarta-feira (17), na Zona da Mata. É mais uma etapa da investigação de um grupo por corrupção, participação em milícia privada, falsidade ideológica e organização criminosa.

Segundo as apurações, que ainda estão em andamento, um policial civil lotado na Delegacia Regional de Ubá, junto com outras pessoas, utiliza a estrutura da corporação para prestar segurança privada na região da Zona da Mata.

A operação cumpre 10 mandados de busca domiciliar e três mandados de afastamento dos cargos públicos. Três policiais civis foram afastados das funções. Um dos agentes públicos foi preso em flagrante delito pelo crime de posse ilegal de arma de fogo.

Na residência de um dos empresários alvo das diligências, a Polícia encontrou significativa quantia de dinheiro em espécie. Também foram apreendidas armas de fogo, documentos e dispositivos eletrônicos.

Participam de seis promotores de Justiça, dez delegados de polícia e cerca de 50 policiais civis.

Desdobramento da operação Segurança Máxima

De acordo com o MPMG, as apurações indicam que o principal investigado, o policial civil que está preso preventivamente desde o ano passado, contava com um grupo de agentes públicos e privados que prestava serviços na empresa de segurança, inclusive serviço de escolta armada de valores.

No curso das investigações, foram encontradas provas documentais contendo planilhas de pagamento, escalas, movimentações bancárias e planejamento que envolviam a participação de servidores públicos e agentes privados na prestação ilegal de segurança privada.

A operação Hígia é um desdobramento da operação Segurança Máxima. Em fases anteriores, foram apreendidos diversos artigos de luxo, inclusive um avião e veículos importados.

Até o momento, o Ministério Público já ofereceu três denúncias contra os acusados pelos crimes de milícia privada armada, falsidade ideológica, corrupção passiva e obstrução à investigação de organização criminosa.

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Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web na Itatiaia Juiz de Fora desde 2023. Tricampeã na categoria Web/Mídias Digitais no Prêmio Oddone Turolla de Jornalismo, do Sindicomércio JF.

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