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Agendada sessão do Tribunal do Júri sobre morte de advogado em Juiz de Fora

Julgamento sobre morte de Geraldo Magela Baessa Ríspoli será em setembro. Crime completa um ano no próximo mês.

Geraldo Magela Baessa Ríspoli morreu em junho de 2024 ao tentar apartar uma briga e ser agredido com dois socos no rosto

Está agendada para 18 de setembro de 2025, a partir das 9h, a sessão de julgamento de Edimilson Pereira Costa, denunciado pelo homicídio qualificado do advogado Geraldo Baessa Magela Ríspoli, em Juiz de Fora.

Na decisão publicada nesta terça (27), a juíza Joyce Souza de Paula, titular do Tribunal do Júri, determina que o réu, a defesa dele, o Ministério Público (MPMG) e as testemunhas sejam comunicados da data.

Também acatou os pedidos da defesa para o réu se apresentar com roupas civis e acompanhe o depoimento das testemunhas. Informou que o requerimento para retirada das algemas será apreciado na abertura da sessão, “visto que devem ser consideradas diversas circunstâncias, inclusive algumas questões de segurança que somente podem ser apuradas no momento”. A juíza também comunicou que a lista de jurados é pública e a defesa poderá ter acesso.

A juíza também deferiu pedidos formulados pelo Ministério Público, que não foram detalhados no documento.

Em nota, a defesa do réu destacou que respeita a decisão e que no julgamento ficará “demonstrado que os fatos se deram de maneira diversa do narrado na Peça Acusatória, como também ficará provado não haver qualquer indício de que o Sr. Edimilson agiu com Dolo Eventual, como quer fazer crer a acusação”.

Morte ao apartar briga

Como a Itatiaia divulgou, o crime ocorreu em 17 de junho de 2024. Geraldo Magela Baessa Ríspoli tentou apartar uma briga entre dois ex-companheiros de trabalho, relativos a diferentes posicionamentos em um processo trabalhista, no Bairro Manoel Honório, quando foi agredido e morreu.

“Descreve a peça acusatória que, irritado com a atitude de Geraldo, Edmilson, que possuía porte físico notoriamente superior ao de Geraldo e assumindo o risco de produzir o resultado morte, agrediu-o com dois socos no rosto, ocasionando sua queda e, posteriormente, sua morte por ‘traumatismo crânio-encefálico’”, cita a sentença de pronúncia.

Após a agressão, o autor tentou fugir, mas foi localizado e preso pela Polícia Militar (PM).

O caso foi apurado na Delegacia Especializada de Homicídios. Ao final do inquérito, o i nvestigado foi indiciado por homicídio por dolo eventual, porque o suspeito assumiu o risco de causar o resultado morte, com qualificadora de motivo fútil, pelo fato de a vítima ter apenas tentado apartar uma briga, sem sequer conhecer o agressor. E o homem também foi indiciado por vias de fato e por resistência à prisão.

Desde então, ele está no sistema prisional. A defesa solicitou habeas corpus, mas foi negado em outubro do ano passado.

Sentença de pronúncia

Em abril, foi publicada a decisão da Joyce Souza de Paula de que o réu Edimilson Pereira Costa seria julgado no Tribunal do Júri, em Juiz de Fora. Conforme a sentença de pronúncia, há indícios suficientes de autoria e materialidade do homicídio, para que o caso seja levado a julgamento popular, diante de um corpo de jurados.

A Justiça manteve as duas qualificadoras denunciadas pelo Ministério Público (MPMG): motivo fútil e uso de recurso que dificultou a defesa da vítima idosa, além de resistência à prisão.

Ainda na sentença de pronúncia, a juíza indeferiu o pedido da defesa para desclassificação do caso para lesão corporal seguida de morte. O acusado permanecerá preso.

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Natural de Juiz de Fora, jornalista com graduação e mestrado pela Faculdade de Comunicação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Experiência anterior em Rádio, TV e Internet. Gosta de esporte, filmes e livros. Editora Web na Itatiaia Juiz de Fora desde 2023. Tricampeã na categoria Web/Mídias Digitais no Prêmio Oddone Prêmio Oddone Turolla de Jornalismo, do Sindicomércio JF.
Joubertt Telles é graduado em jornalismo pelo Centro Universitário Estácio Juiz de Fora, em 2010, e possui curso de Processo de Comunicação e Comunicação Institucional pela Fundação Getúlio Vargas. Trabalha na Itatiaia Juiz de Fora desde 2016, como repórter e apresentação. Prêmio Sindicomércio de Jornalismo 2017, na categoria rádio. Prêmios do Instituto Cultura do Samba como destaque do jornalismo local, em 2016 e 2017. Já atuou na Rádio Globo Juiz de Fora, TVE e Diário Regional, além de ter desempenhado função de assessor parlamentar na Câmara Municipal de Juiz de Fora.