Quando planejaram a viagem de peregrinação ao Vaticano, seis padres da Arquidiocese de Juiz de Fora, nem imaginaram que seriam testemunhas de um momento histórico para a Igreja Católica: a
Os padres Elton Adriane, Everaldo José Sales Borges, Kayo Cerqueira de Paiva, Liomar Rezende de Morais, Ivair Carolino e Gil Condé pretendiam se encontrar com os padres Wellington Guimarães da Silva, Fernando Augusto Martins da Silva e Emerson de Assis Braz, que estão estudando na Itália para cumprir a peregrinação do Ano Jubilar da Esperança. O roteiro que já incluía a passagem pela Porta Santa das quatro basílicas papais - São Pedro, São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Fora dos Muros - se tornou uma vivência e experiência de fé ainda mais profunda.
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Primeira parada: funeral do Papa Francisco
O grupo chegou ao Vaticano na quarta-feira (23), dia em que iniciou o velório aberto no Altar da Confissão, na Basílica São Pedro. Por isso, os planos originais foram alterados e os sacerdotes ficaram quase 5h na fila para se despedir e homenagear o Pontífice, que morreu na segunda (21). Enquanto isso, orações com católicas da Itália, Argentina e Ucrânia.
“Rezamos o terço e, em cada mistério, a gente cantava um refrão de um canto brasileiro. Elas também rezaram e cantaram conosco. Visitamos a Basílica, passamos pela Porta Santa e participamos das exéquias do Papa Francisco com as pessoas que estavam lá rezando”, contou o Padre Everaldo José Sales Borges, Vigário Episcopal para Educação e Cultura e pároco da Paróquia São Pedro.
“Foi um momento de grande oração, de grande entrega, que foi finalizado com nossa entrada na Basílica de São Pedro e nossa oração diante do corpo do Santo Padre. Um momento de muita emoção que levaremos no coração”., comentou Padre Kayo Cerqueira de Paiva, pároco da Paróquia São Sebastião, em Santos Dumont (MG), e assessor da Pastoral Catequética Arquidiocesana.
O legado do Pontífice
O Padre Ivair Carolino, pároco da Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, em Juiz de Fora, comentou sobre a força do exemplo do Papa Francisco. “Estou tendo a graça, juntamente com meus irmãos padres, de estar aqui em Roma, visitando as Portas Santas, fazendo essa experiência do Ano Jubilar. Não estava no nosso roteiro participar deste funeral, o qual nos levou a ver a realidade de um pastor. Passar perto do funeral de Francisco nos fez recordar toda a sua missão na Igreja, uma missão que foi, literalmente, o Evangelho posto em prática: o Evangelho da acolhida, da misericórdia, que se abre a todos, porque todos têm um lugar na casa do Pai, todos têm um lugar na Igreja”.
O Papa Francisco proclamou 2025 como
Em meio ao luto, emerge a força da fé, como analisou o Padre Elton Adriane, pároco da Paróquia São José, em Bicas (MG). “É um momento ímpar para nossa vida, porque nunca pensávamos naquilo que aconteceu. A gente vê essa grande mobilização de pessoas vindas de diversas partes do mundo para participar do funeral do Papa Francisco. Isso mostra a Igreja presente nos lugares mais longínquos e distantes, nas periferias do mundo, e o quão importante ainda é a palavra da Igreja para o mundo, a palavra do Papa, o quanto ele ainda é uma figura que atrai olhares, aguça ouvidos. É um momento ímpar, um momento singular, triste para nossa Igreja, a morte do nosso pontífice, mas ao mesmo tempo de alegria por perceber que ela está viva, pulsa e ainda alcança muitos corações e mentes em todo o mundo”.
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