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O que pensa o Cruzeiro sobre a retirada das cadeiras do Setor Amarelo do Mineirão

Audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais discutiu, nesta quinta-feira, a proposta de retirada das cadeiras e a criação de um setor popular no Mineirão

Audiência na ALMG discute retirada de cadeiras em setor do Mineirão

Uma audiência pública realizada nesta quinta-feira (29) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais discutiu a proposta de criação de um setor sem cadeiras no Mineirão, resgatando a antiga cultura de torcedores assistindo aos jogos de pé.

A ideia, que prevê a retirada das cadeiras no Setor Amarelo (parte inferior, superior ou ambas), tem como objetivos aumentar a capacidade do estádio, oferecer ingressos potencialmente mais baratos e promover maior interação entre os torcedores.

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Pelo lado do Cruzeiro, o diretor de Marketing, Marcone Barbosa, disse que o clube não se opõe a uma eventual retirada, afirmando que a medida estaria condicionada às questões operacionais envolvendo acessibilidade, rotas de fuga, entre outras.

“O estádio tem 8 setores hoje, 4 no anel inferior e 4 no anel superior. 8 espaços que podem abrigar todo tipo de público. Não tem nenhum motivo para que a gente não possa trabalhar um espaço específico para o torcedor que quer assistir ao jogo de pé e fazer uma festa mais efusiva”, disse.

Sobre custos, o diretor de marketing do Cruzeiro afirma que, só neste ano, o clube gastou cerca de R$ 200 mil com o pagamento de danos no estádio pós jogo. “A retirada pode contribuir para o clube diminuir o custo operacional do estádio. Temos debatido com a Minas Arena a questão dos custos operacionais”, disse.

Ingressos já são baratos

Ainda segundo o representante da Raposa na reunião, a retirada das cadeiras não representa diretamente uma redução automática no ingresso do jogo. Ele afirma, no entanto, que o Setor Amarelo, alvo inicial da iniciativa de retirada das cadeiras, já conta com preços populares - com média de R$ 30 na temporada.

“Esse valor ainda não cobre o custo operacional do jogo, principalmente depois que acaba o jogo e você vai ver os danos que aconteceram no estádio, foi pior para o clube, porque além do custo tem também o dano. Para ter o estádio sem as cadeiras temos que ter um custo operacional menor”, disse.

“O jogo do Cruzeiro hoje já entrega um setor popular para o seu torcedor e, quando a venda é aberta, o setor amarelo se esgota rapidamente, assim como o setor Laranja”, afirmou.

Segundo Marcone Barbosa, a ideia da retirada das cadeiras do Setor Amarelo é apoiada também pelo dono da SAF do Cruzeiro, Pedro Lourenço. O diretor prometeu, por fim, analisar as normas de segurança e os custos operacionais para realizar a retirada.

O debate, requerido pelo deputado estadual Professor Cleiton (PV), contou com a participação de parlamentares, representantes do Cruzeiro, da Minas Arena e de torcedores. Apesar do apelo por preços populares, foi destacado que o valor dos ingressos depende da política adotada pelo clube mandante.

Graduado em jornalismo e pós graduado em Ciência Política. Foi produtor e chefe de redação na Alvorada FM, além de repórter, âncora e apresentador na Bandnews FM. Finalista dos prêmios de jornalismo CDL e Sebrae.