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Investidor do Atlético fala por que clube não paga a dívida, apesar de receita recorde

Clube recebeu receita bruta de R$ 674 milhões no exercício de 2024

Rafael Menin, investidor do Atlético, durante entrevista coletiva concedida neste sábado (7)

Apesar de ter arrecadado R$ 674 milhões, o Atlético teve um aumento da dívida, segundo o balanço financeiro divulgado pelo clube. Rafael Menin, investidor da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Galo, revelou por que a operação do clube não conseguiu pagar a dívida.

Ainda de acordo com o balanço financeiro divulgado pelo clube, o Atlético deve R$ 1,369 bilhão. Os valores da receita do Atlético foram elevados em função da utilização da Arena MRV e os resultados esportivos, quando foi finalista da Copa Libertadores e da Copa do Brasil.

“Tivemos um ano bom de receita. A receita operacional do ano foi alta, com toda a tristeza que ficamos de perder duas finais, não é fácil, é dificílimo chegar em duas finais. A maior parte dos clubes brasileiros queriam chegar em duas finais de Copa. Ainda sim, nosso operacional no ano passado ficou positivo em R$ 8 milhões”, disse em entrevista coletiva neste sábado (7), na Arena MRV, em Belo Horizonte.

“Ficamos no “zero a zero” no operacional e ficamos negativos em algumas dezenas de milhões de reais. O que sobra são juros. O nosso aporte, feito em outubro de 2023, foi para reduzir o endividamento. Isso aconteceu”, avaliou.

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O executivo ainda falou sobre o destino de possíveis novas receitas. Rafael Menin afirmou que possíveis novos aportes financeiros serão concentrados para pagar a dívida.

O investidor do Galo disse que o clube teria que diminuir o investimento em futebol, no atual contexto, para conseguir equacionar os valores em aberto.

“Havendo novos aportes, o recurso será destinado para o pagamento da dívida. A operação não tem a menor capacidade de pagar a dívida. Ano passado gastamos com folhas e premiações R$ 300 milhões. Se a gente reduzisse para R$ 150 milhões, o Atlético passaria a ter capacidade de pagar a dívida, mas o desempenho esportivo cairia muito”, revelou.

“Ficamos aqui equilibrando um monte de pratinhos. Tem que ter equilíbrio. O que a gente procura, de forma muito organizada, com bastante ciência por trás, é equilibrar todos esses pratos. A gente acerta sempre? Não. Todo movimento de montagem de elenco são meses de trabalho. Espero que os erros diminuam e que os acertos aumentem”, finalizou.

Leonardo Parrela é repórter multimídia na área de esportes na Itatiaia. É formado em Jornalismo pela PUC Minas. Antes da Itatiaia, colaborou com Globo Esporte, UOL Esporte e Hoje Em Dia, onde cobriu Copa do Mundo, Olimpíada e grandes eventos.