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Vinícius Andrade | Quando os jogadores do Atlético assumirão a responsabilidade?

Jogadores do Atlético precisam dar resposta aos torcedores com atitudes em campo

Vinícius Andrade

Restando apenas três meses para o fim da temporada, o Atlético não dá sinais de recuperação. O treinador mudou, mas o futebol continua pobre. Nenhum técnico conseguiria fazer milagre em tão pouco tempo, mas nem mesmo aquele “choque” anímico, típico de uma troca de comando, aconteceu.

Em sua última entrevista coletiva, após a derrota para o Cruzeiro na Copa do Brasil, o abatido Cuca não garantiu que conseguiria extrair mais do time. Sampaoli mal chegou e já expôs que o cenário encontrado é pior do que ele imaginava. Ainda acrescentou que falta ambição ao grupo.

O foco de cobrança já esteve sobre a diretoria e o antigo treinador. Ambos cometeram muitos erros e mereceram as críticas. Mas quando os jogadores irão assumir a responsabilidade em campo? A postura não condiz com a grandeza do clube que eles defendem.

O Santos de Neymar nunca teve tanto espaço para jogar na atual edição do Campeonato Brasileiro. A sorte do Galo é que o time paulista também vive um momento ruim e não conseguiu aproveitar os latifúndios deixados pelo Atlético. Não faltou apenas organização, mas também foco e competitividade.

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Um elenco formado por Everson, Lyanco, Alonso, Arana, Alan Franco, Gustavo Scarpa, Hulk e companhia precisa entregar muito mais. Não sei como é o ambiente no vestiário, mas em campo tem sido difícil de enxergar o Atlético como um time.

Lyanco precisa se preocupar menos com as redes sociais e mais com o futebol. É um excelente zagueiro, mas neste momento perdeu o foco. Hulk e a faixa de capitão não combinam. O craque do time se sente no direito de falar os 90 minutos no ouvido do árbitro e tem se perdido nas reclamações. A mudança precisa partir dos líderes do elenco.

Na altitude de La Paz, se o time não brigar e não deixar tudo em campo corre o risco de sair praticamente eliminado. Não cobro uma grande atuação, missão quase impossível a 3.600 metros de altitude, mas uma mudança de atitude é obrigatória.

Mineiro de Oliveira e graduado em Jornalismo na PUC-MG. Profissional apaixonado por futebol e outros esportes com passagens por Estado de Minas, Superesportes, Rádio Transamérica e O Tempo. Atua como comentarista e repórter da Itatiaia.