Depois de uma sequência ruim, o melhor jogador do elenco voltou a ser decisivo. Hulk entrou aos 30 do 2° tempo, chamou a responsabilidade e deixou Dudu sem goleiro para marcar o gol de empate contra o Independiente del Valle. O resultado deixa o Atlético a uma vitória da final da Copa Sul-Americana.
Inevitavelmente, as discussões pós-jogo passaram pelo seguinte tema: “faz sentido o Hulk ser reserva no Galo?”. Entendo o questionamento, mas não considero absurda a decisão do técnico Sampaoli neste momento. Eu também teria começado com Rony na partida contra o Del Valle. O jogo pedia intensidade e entrega física. Além disso, Hulk também não vive (ou vivia) um bom momento.
Não se trata de comparar a qualidade técnica dos dois. Neste aspecto, nem cabe discussão. Ambos passam por má fase, mas no atual contexto, em que Sampaoli tem priorizado corrigir o sistema defensivo, eu compreendo a opção pelo Rony, ainda que a bola esteja queimando no pé dele.
Não significa que Hulk tem que ser descartado. Aliás, essa é uma palavra que jamais deve ser relacionada a um dos maiores ídolos do clube. Se ele retomar a confiança e voltar a ser decisivo, é óbvio que voltará a ser titular. Neste caso, vale a pena ter um jogador que entrega menos sem a bola, mas que impacta com gols e assistências.
Aos 39 anos, Hulk passa pelo momento mais difícil no Atlético. Mas a questão não é individual. O time enfrenta problemas coletivos e ainda busca um encaixe no final da temporada. O camisa 7 está inserido neste contexto e não vai carregar a equipe nas costas como em outros tempos.
A história do Hulk no Atlético não acabou. Ainda que ele não seja um titular absoluto no recorte atual, é obrigação de qualquer treinador tentar recuperá-lo.