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Preta Gil faria 51 anos nesta semana: veja 5 fatos marcantes sobre a cantora que morreu no mês passado

Preta Gil se tornou um símbolo de luta e resistência durante seus 51 anos de vida

Preta Gil morreu aos 50 anos

Neste mês, Preta Gil (1974-2025) completaria 51 anos: a artista nasceu em 8 de agosto de 1974, no Rio de Janeiro, e morreu em Nova York, nos Estados Unidos, em 20 de julho de 2025, aos 50 anos, em decorrência de um câncer no intestino.

Além de carregar em seu próprio nome o poder da resistência e da luta, Preta Maria Gadelha Gil Moreira se tornou um símbolo de resiliência e incentivo durante os dois anos e sete meses convivendo — em altos e baixos — com o diagnóstico.

A cantora se tornou um ícone que será sempre levado na memória de quem a acompanhou. Sua atuação na música, na moda, no ativismo e no audiovisual marcou gerações e inspirou movimentos por igualdade e diversidade.

Neste mês em que celebraria seus 51 anos, sua voz, sua presença vibrante e sua postura incansável seguem ressoando — fortalecendo sua memória como referência cultural e símbolo de resistência.

Veja cinco fatos marcantes sobre a vida e trajetória de Preta Gil:

1. Um nome que foi resistência

Preta Gil enfrentou discriminação desde o registro de seu nome. O cartório inicialmente negou o uso de “Preta” como nome, obrigando a inclusão de “Maria”. Ela e seu pai, Gilberto Gil, sempre relataram que esse episódio simboliza sua luta contra preconceitos e sua afirmação enquanto mulher negra e empoderada.

2. Descoberta e luta contra o câncer

O diagnóstico de câncer colorretal chegou em janeiro de 2023. Preta passou por cirurgia, quimioterapia e radioterapia, e chegou a comemorar a remissão em dezembro de 2023. Porém, em agosto de 2024, a doença voltou em quatro lugares de seu corpo, o que exigiu uma longa cirurgia. Além disso, Preta saiu do Brasil para os EUA em busca da cura.

3. Viagem e tratamento em Nova York

Em maio de 2025, Preta se mudou para os Estados Unidos em busca de terapias experimentais contra a doença. Apesar de ter tratado o tempo todo com transparência e coragem, ela faleceu em 20 de julho, em Nova York, enquanto planejava retornar ao Brasil.

4. Um legado artístico plural

Preta estreou na música em 2003, com o álbum Prêt-à-Porter, que incluía o hit “Sinais de Fogo”. Ao longo de sua carreira, lançou outros álbuns autorais: Preta (2005), Sou Como Sou (2012) e Todas as Cores (2017), trabalhando com nomes como Ivete Sangalo, Pabllo Vittar, Marília Mendonça e Gal Costa, sua madrinha.

Também fez carreira na TV e cinema — participando de novelas como Ti-Ti-Ti (2010) e Caminhos do Coração (2007–2008) — além de apresentar programas como Esquenta!, The Voice Brasil e TVZ Ao Vivo, e atuar como empresária, fundando a agência Mynd.

5. Transformadora do Carnaval carioca

Criadora do famoso Bloco da Preta, Preta Gil fez da festa um símbolo de diversidade e empoderamento. O bloco estreou em 2009 e se consolidou como um dos mais populares do Rio durante o carnaval carioca e nos palcos ao longo do ano, com participação de artistas como Lulu Santos e Ivete Sangalo.

Tanto é que a Prefeitura do Rio de Janeiro nomeou o trajeto do desfile dos megablocos do carnaval do Rio de “Circuito Preta Gil”, em homenagem à cantora, uma das precursoras dos blocos de axé e e um dos principais nomes do carnaval brasileiro.

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André Viana é jornalista, formado pela PUC-MG. Já trabalhou como redator e revisor de textos, produtor de pautas e conteúdos para rádio e TV, social media, além de uma temporada no marketing.